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A confiança do brasileiro não derreteu apenas em relação ao presidente Jair Bolsonaro, seu modo de governar, o Congresso e os partidos políticos, segundo a última pesquisa do Dafafolha, feita entre os dias 13 e 15 de setembro.


Instituições como Judiciário, Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal também perderam prestígio com o eleitor, de acordo com levantamento feito em todas as regiões do país, presencialmente com 3.667 pessoas, em 190 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O instituto detectou aumento da desconfiança, por exemplo, no Ministério Público, que costumava ser bem avaliado pela população, até por conta das operações "heroicas e espetaculosas" no auge midiático lavajatista. Neste mês, disseram que não confiam na instituição 30%, ante 23% em julho de 2019.

Entre os que confiam muito no MP, hoje são 15%, ante 23% em 2019. Ao menos 53% disseram confiar um pouco. Eram 52% em 2019.

O Judiciário também não se saiu bem neste levantamento: 31% dos entrevistados disseram não confiar na instituição (eram 23% em julho de 2019) e outros 51% informaram confiar um pouco (48% em 2019). Os que confiam muito são 15%, ante 24% anteriormente.

Alvo predileto do presidente Bolsonaro e de seus seguidores, o Supremo Tribunal Federal também perdeu prestígio. Não tanto quanto o mandatário do Executivo. Se em julho de 2019 31% não confiavam na Presidência da República, hoje são 50%.

Já o STF registra 38% de desconfiança. Eram 33% há dois anos. Outros 44% confiam um pouco (eram 47%) e outros 15% (eram 17%) disseram confiar muito na Suprema Corte.

ConJur