Deputados e senadores recorrem até ao presidente Xi Jinping com pedido de ajuda para a liberação das exportações dos insumos para fabricação das vacinas Coronavac e Oxford/Astrazeneca no Brasil. Em virtude da interrupção no fornecimento pela empresa Sinovac ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz, o estoque de vacinas está comprometido para os próximos dias. O Brasil fica numa situação constrangedora frente à China após episódios que estremeceram a relação entre os dois países. Em um deles, no ano passado, o deputado Eduardo Bolsonaro sugeriu que a China seria a culpada pela pandemia do coronavírus.

Intervenção
Em carta na qual pede “intervenção” do presidente chinês, o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP-SP), reforça que a liberação dos insumos é imprescindível para que o Brasil não desacelere o programa de vacinação. Para o deputado, falta habilidade ao chanceler Ernesto Araújo nas relações com a China. 

Compreensão
Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) também enviou oficio ao embaixador da China, Yang Wanming, no qual pede “compreensão humanística”. 

Razões
O governo brasileiro ainda não procurou a embaixada chinesa e não houve nenhum tipo de diálogo para tratar do assunto, conforme informou o embaixador Yang Wanming ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O atraso na liberação de insumos chineses, segundo Wanming, se deve a razões técnicas e não políticas.

Além-fronteiras 
As manifestações nas redes sociais em português e em inglês do governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), são vistas como uma estratégia do tucano para entrar no radar de empresários e políticos de todo o mundo e se cacifar como presidenciável além-fronteiras.

Shut up, Bolsonaro
Em dois tweets recentes, Doria cumprimentou – em inglês – o presidente Joe Biden pela posse e mandou Bolsonaro calar a boca (shut up) após o presidente ter dito que quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as Forças Armadas. 

Cloroquina 
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), poderá proibir o governo federal de veicular qualquer informação que propague, induza ou incentive o uso de medicamentos sem comprovação científica como forma de tratamento precoce contra o Covid-19, como cloroquina, nitazoxanida, hidroxicloroquina e ivermectina.

Ação 
Na ação protocolada no STF, o Psol sublinha que “não há medicamentos com efeitos comprovados contra o Covid-19”. Registramos aqui que, apesar de o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ter dito que nunca indicou remédio para o tratamento da doença, a pasta lançou Nota e um aplicativo com recomendações de uso dos medicamentos. 

Contrapartida 
Ao declarar apoio – por unanimidade – ao candidato do Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), o PTB, partido presidido pelo ex-deputado Roberto Jefferson, mira a recriação do Ministério do Trabalho na provável reforma que será feita na Esplanada após as eleições na Câmara e no Senado. 

Escândalos
Extinta por Bolsonaro, a pasta foi chefiada pelo PTB durante o governo de Michel Temer. A gestão petebista foi marcada por acusações de envolvimento em práticas criminosas por parte de servidores do alto escalão. Jefferson chegou a indicar a filha, Cristiane Brasil (PTB-RJ), para assumir o comando do ministério. A posse, no entanto, foi barrada pela Justiça. 

BB
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) vê na reestruturação do Banco do Brasil tentativa do governo de pavimentar o caminho para a transferência de seu controle à iniciativa privada. O parlamentar aguarda resposta de requerimento que enviou ao ministro Paulo Guedes (Economia) no qual pede descrição das unidades a serem extintas, com especificação do município e unidade da federação a que pertencem.

Ranking
Conforme ranking do Banco Central, as instituições financeiras que mais tiveram reclamações no quarto trimestre de 2020 foram: Banco Inter, conglomerado (banco e subsidiárias) do Banco Itaú e o conglomerado da Caixa Econômica Federal. As principais queixas são relacionadas a problemas na oferta ou na prestação de informação sobre crédito consignado, operações de crédito e cartões de crédito.