A famosa frase de anúncio “Vem pra Caixa” nunca foi tão plausível, mas para partidos de olho no controle do bancão oficial. A secretária executiva do Ministério da Fazenda e presidente do conselho de administração da Caixa, Ana Paula Vescovi, articula para mudar regra interna que decide sobre nomeações para cargos-chave em diretorias, hoje ocupadas somente por servidores de carreira e por meritocracia. Há um projeto partidário de nomear apadrinhados de senadores e deputados para vagas importantes no banco. Que foi freado, por ora, pela grita das classes da instituição. Vescovi é apadrinhada do PSDB e do ministro Eduardo Guardia, também ligado ao partido. Procurada sobre o assunto, a Caixa não respondeu.


Do ninho
Guardia foi apadrinhado no MF pelo então presidente da Petrobras Pedro Parente. Guardia também faz parte do conselho da mineradora Vale, na qual o Governo é sócio.

Carona
Rodrigo Maia articula apoio do DEM a Ciro Gomes e na contrapartida pode ter o voto do PDT para sua reeleição à Presidência da Câmara. Mas, antes, tem que ser eleito.

Homem de fases
A intenção de Rodrigo Maia com a pré-candidatura ao Planalto, já citou há meses a Coluna, é reforçar articulação para se fazer presidente da Câmara.

Aposta na rede
Após boa vitrine com Bolsonaro, o Patriota perdeu sua filiação e luta para não sumir do cenário político. O presidente Adilson Barroso espalhou mensagem de whatsapp para presidentes dos diretórios pedindo para baixarem o app RedeBook, segundo ele “muito boa para buscar votos”. Barroso diz que o app tem “10 vezes mais alcance que o Facebook para facilitar campanhas”.

Jogando alto
Enquanto bingos e cassinos são proibidos no País, o Governo, com a exclusividade dos jogos, vai cativando o apostador. A Caixa vai lançar um app de voz pelo qual o cidadão poderá conferir rapidamente os resultados das loterias.

Papo espacial
Confiante na ascensão nas intenções de votos, Bolsonaro conversou com o astronauta Marcos Pontes. É um potencial Ministro da Ciência e Tecnologia, caso o capitão vença.

Seguro
Os cinco maiores bancos privados do Brasil e uma das maiores empresas de seguro-garantia, a JMalucelli, se uniram para tentar aprovar no Congresso o aumento de 10% para estupendos 30% o índice de seguro sobre o valor de obras federais. O lobby é forte na Câmara Federal. A seguradora de Curitiba é sócia da americana Travelers.

Chega pra lá
O clima esquentou no Recife. Longe de ser uma das herdeiras do espólio eleitoral do primo falecido Eduardo Campos, Marília Arraes pulou do PSB para o PT e deixou os petistas locais enfurecidos. Ela pretende disputar o Governo de Pernambuco, aparece bem no cenário, mas sofre boicote do senador Humberto Costa (PT-PE).

Fator Arraes
O senador petista está sem chapa e, para tentar se reeleger, busca uma aliança – inclusive com o governador Paulo Câmara, do PSB. Nome improvável da família para ressuscitar o espírito de Arraes, Marília surpreende e tem sido bem aceita no interior.

Quase assalto
A Advocacia Geral da União conseguiu suspender no TRF 1 – que havia dado ganho de causa às requerentes – o pagamento de indenização de R$ 1 bilhão a poucas usinas sucroalcooleiras que alegaram ter perdas por políticas de preços fixos do extinto Instituto do Açúcar e do Álcool. A AGU provou que não houve prejuízos; as empresas apenas deixaram de ganhar mais.

Lembrete
O Previdenciômetro da CNI cravava até ontem à noite R$ 3,85 bilhões que seriam economizados hoje se a reforma (texto original) fosse aprovada dia 1º de junho.

Esplanada Esportes
A CBF e o técnico Tite devem explicações ao torcedor: quanto a Vivo pagou para manter titular o seu garoto propaganda, Gabriel Jesus, bom mesmo de propaganda?