O tiro que o presidente eleito Jair Bolsonaro deu em Cuba, que fez a ditadura recuar no ‘Mais Médicos’, será tão prejudicial para o governo caribenho - que perderá muito dinheiro - quanto para o Brasil, onde mais de mil cidades ficarão sem médico. Mas uma prova de que o Ministério da Justiça poderá receber milhares de pedidos de asilo é um caso no litoral da Bahia. O médico cubano R., 36 anos, descobriu os prazeres do capitalismo. Nos últimos anos, enquanto clinicava, passou a investir. Comprou uma caixa de som, e alugou para festas. Adquiriu um casal de coelhos e os fez reproduzir no quintal; hoje vende dezenas deles para açougues especializados e residências. Há um mês, abriu um bar que virou point na comunidade. Não quer voltar. A Coluna tem quatro testemunhas, e vai preservar a identidade do profissional.

Lá e cá
Casos como o de R. se espalham Brasil adentro. São médicos que fincaram raízes, ou já têm filhos brasileiros, e não sentem saudade alguma do aperto financeiro em Cuba.

Famílias divididas
O Governo de Michel Temer já tem informações de que muitos cubanos que regressaram para o país de origem foram por saudade da família.

Transição
Há uma semana comissionados do 2º escalão esvaziam gavetas e desocupam salas do Palácio. Ordem do presidente Temer, que quer transparência cem por cento.

Viagem misteriosa
O cotado de Bolsonaro para o comando da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, foi o que desembarcou em Curitiba em dezembro de 2015, num jato da FAB, com o então diretor-geral Leandro Daiello e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para reunião secreta com o comando local da Lava Jato. A Época registrou à ocasião.

Lei Onix
Proposto pelo senador Roberto Requião (MDB-PR) como provocação aos futuros ministros de Bolsonaro - Onix Lorenzoni e Sérgio Moro - o projeto que cria a chamada “Lei Onix” já avançou no Senado. A CCJ designou como relator da matéria o senador Wilder Morais (DEM-GO). O texto de Requião estabelece que arrependimento e confissão serão requisitos para o perdão judicial.

Isenção voa!
Não bastassem as caras passagens aéreas, as companhias não pagam imposto sobre a bagagem extra cobrada no checkin. Um presentão da ANAC.

Lá fora
Jornal francês e Monde chama de “personalidade desconhecida” o embaixador Ernesto Fraga Araújo em reportagem que detalha a confirmação do diplomata como ministro das Relações Exteriores do Governo Bolsonaro. O diário cita posições polêmicas do embaixador, como ter chamado o PT de “Partido Terrorista”.

É do povo!
A AGLO recebe nos dias 23 e 24 novembro, na quadra de areia do Parque Olímpico na Barra, no Rio, a final da Copa do Brasil de Beach Soccer. Os Estados do RN, RJ, DF, BA, AL e MA estão na disputa pelo título.

Que boquinha
O deputado federal eleito Boca Aberta (PROS-PR) enfrenta perrengue na Justiça, alvo do próprio suplente, que questiona sua candidatura sob liminar. Valdir Rossoni quer barrar a diplomação de Boca porque ele respondia a processo de cassação como vereador de Londrina.

Itaipu social
A gestão de Marcos Stamm na Itaipu Binacional prepara um pacote de dar inveja a prefeitos e governadores. Vai investir US$ 250 milhões – perto de R$ 1 bilhão – no entorno do mega lago, nas chamadas ‘obras externas’. Vem aí a segunda ponte Brasil-Paraguai, sobre o reservatório.

Itaipu social 2
Itaipu investirá também alguns milhões em parceria com a Infraero em melhorias no Aeroporto de Foz do Iguaçu, construção de mercados públicos em cidades vizinhas, recuperação de parques e revitalização de prainhas na orla do lago.