Após ceder à pressão de parlamentares por cargos para compor a base governista, o “núcleo duro” do Governo de Jair Bolsonaro (PSL) avisou aos aliados que todos os nomes indicados passarão por um crivo minucioso. O objetivo do Planalto é evitar exposição negativa com nomeações de pessoas que tenham problemas com a Justiça ou não tenham experiência nas áreas para as quais serão indicados. O crivo será feito pela Casa Civil e pela ala militar do Governo. O processo passa inevitavelmente pelo Gabinete de Segurança Institucional e pela Agência Brasileira de Inteligência.

Os alvos
Estão na mira dos partidos da base de Bolsonaro cargos de 2º e 3º escalões: secretarias de ministérios e postos em empresas estatais.

Diversidade
A Universidade Federal de Minas abriu concurso para vaga de professor titular para disciplina queer/LGBTI - gêneros e sexualidade. Inscrições até sexta.

‘Cela’ especial
A Coluna foi a primeira a citar, e vale lembrar. Não há na Constituição previsão de cela especial para ex-presidente da República condenado – independentemente de partido ou crime cometido. Lula da Silva continua numa salinha da Polícia Federal, com TV, banheiro, esteira de corrida. Um luxo. Longe dos presídios onde condenados em 2ª instância são inquilinos e usam o ‘boi’, buraco no chão para necessidades fisiológicas.

PSL x PT
Com as maiores bancadas na Câmara, o PT, centro-esquerda, e o PSL, da direita, travam disputa pela presidência da Comissão de Direitos Humanos. O colegiado foi comandado pelo Partido dos Trabalhadores nos últimos cinco anos. Com o maior bloco na Casa, os aliados do presidente Bolsonaro (PSL) têm prioridade nas escolhas dos deputados que vão integrar as comissões e eleger os respectivos presidentes.

Plano B
Setores do PSL admitem abrir mão do comando da CDH desde que o posto seja ocupado por deputado alinhado; o nome que desponta é de Marco Feliciano (Podemos-SP) que presidiu o colegiado em 2013. À época, Feliciano contou com o apoio do então deputado Jair Bolsonaro. O PT irá lançar a deputada Érika Kokay (DF) para a disputa.

Ele voltou
Ex-secretário do Tesouro Nacional durante o regime militar, o economista Carlos Von Doellinger foi nomeado para o comando do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA. Ele coordenou o grupo responsável por analisar questões orçamentárias e de finanças públicas da campanha de Bolsonaro.

Memória
Ex-subsecretário da Fazenda do Rio no Governo Moreira Franco (1987-1991) e ex-presidente do Banerj, Doellinger afirmou, durante da Transição, que o IPEA “ficou muito abandonado nos últimos anos” e “publicou coisas ótimas, mas ninguém lia”.

Samba..
Perguntar não ofende: a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro ganha milhões de reais com a venda de ingressos, venda de publicidade na Sapucaí, venda de camarotes (R$ 1,1 milhão, cada), venda de direitos de transmissão para televisão etc. E as escolas ganham com venda de fantasias para turistas. Precisa de dinheiro público para desfilar?

..atravessado
Virou praxe os prefeitos do Rio nas últimas décadas doarem milhões de reais para as escolas do Grupo Especial, controladas por bicheiros. Não é só o viés religioso do atual alcaide, Marcelo Crivella, o questionamento. É bom senso com dinheiro público.