Um relatório da consultoria Deloitte afirma que 77 milhões de pessoas na Europa, na Índia e nos Estados Unidos se identificam formalmente como freelancers. Só nos Estados Unidos, 3,7 milhões de americanos trabalharam sob demanda em 2016. A cifra americana deve chegar a 9,2 milhões em 2021, segundo estimativa da empresa de pesquisa Intuit e Emergent Research.
Com que dinheiro sustentar a longevidade?
Boa saúde, qualidade de vida, manutenção das amizades, atividades sociais voluntárias… fazem parte dos sonhos e propósitos da vida de muita gente também para os tempos que virão depois da aposentadoria. Será que tudo poderá ser bancado apenas pelos proventos do INSS, por exemplo? É claro que não será uma resposta bem provável. Então, o que fazer para não passar tanto aperto ou suavizar o tempo a mais que será vivido após cumprir os requisitos para a aposentadoria? Leia uma interessante abordagem de Márcia Dessen em seu artigo Tempo, o senhor da equação, publicado pela Folha de São Paulo.
Quais são os ingredientes para fazer o patrimônio crescer e durar tempo suficiente para nossa sobrevivência? São três os ingredientes: o dinheiro que formos capazes de poupar; os rendimentos, frutos que o dinheiro poupado produzirá, trabalhando por nós; e o tempo, senhor da equação que determina o montante desse patrimônio no futuro. Muitos não guardam nada para o futuro, preferem viver o presente, desfrutando de prazeres imediatos. Outros afirmam que não poupam porque não sobra dinheiro. Não sobra porque estão destinando os recursos a outros objetivos, ou nenhum, o dinheiro está simplesmente pagando as contas do padrão de vida escolhido.
O desemprego prossegue firme
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,50% em 2014, passou dois anos em profunda recessão ao ficar negativo em 3,50% em 2015 e 3,30% em 2016. Começou uma lentíssima recuperação em 2017 quando cresceu 1,1%, índice que se repetiu em 2018. Assim a quantidade de pessoas desempregadas, desalentadas e subutilizadas continua altíssima em meio a inúmeros temas nacionais que surgem todo dia na pauta ajudando a mascarar muitos problemas tão crônicos como este relacionado ao trabalho. Nesse sentido o jornalista Ricardo Kotscho chama a atenção em seu artigo Tragédia brasileira: já são 12,7 milhões de desempregados. Quem se importa com eles? publicado em seu blog Balaio do Kotscho.
“…não ouvi até agora nenhum empoderado da nova ordem falar em como ao menos minorar o sofrimento dos que estão sem carteira assinada. Justiça seja feita, também não vejo nenhum líder das oposições preocupado em apresentar qualquer proposta para dar um alento a esta crescente multidão de desempregados sem direito a férias, 13º salário, assistência médica, aquelas coisa de antigamente.”.