O governo federal não percebeu a gravidade do problema e o risco que o país corre em virtude da paralização dos caminhoneiros. A entourage do presidente Michel Temer convencida de que a solução é a mera redução de R$0,36 no preço do diesel, ignora o recado da população. O diesel é a ponta do iceberg. Não enxergaram que a população, mesmo prejudicada, apoia a greve e segue insatisfeita com o litro da gasolina a R$5,00.
Reduzir o preço do diesel, garantir combustíveis nas bombas e mercadorias nas prateleiras dos supermercados, não é o suficiente a esta altura do campeonato para barrar a insatisfação popular. O que poderia arrefecer os ânimos é a redução imediata de tributos sobre a gasolina e o álcool. Lembro que a previsão orçamentária proveniente de impostos não tinha como prever a alta do dólar e nem tampouco o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Portanto, os recursos a mais, provenientes de impostos sobre a diferença na elevação projetada no preço do barril não deveriam ser computados, pois não eram previsíveis. E isto revela entre outras coisas, que a Petrobras está usando recursos a mais não previstos para diminuir os prejuízos provocados pelos desvios bilionários descobertos pela Lava-Jato. Com efeito, existem sim, margens para a redução de tributos que hoje é de 48% e faz a gasolina brasileira ser uma das mais caras do mundo.
A população ainda não sentiu de fato os reflexos da paralisação, pois não houve desabastecimento total. Porém quando a gasolina dos tanques dos carros acabar nos próximos dias e o desabastecimento chegar às mesas das famílias, o que era uma simples greve pode virar uma guerra. Diante da gravidade do tema fica evidente, o distanciamento entre o mundo que vive os mandatários que gravitam em torno do poder, e o mundo real que a população conhece.
Ainda que ao invés de R$0,36 a redução fosse de R$1,00 os prejuízos já não podem mais ser quantificados e nem tampouco evitados. A população correu aos postos nos últimos dois dias e está aparentemente “segura”, achando que basta o tanque cheio e a prateleira abastecida por uma semana para a normalidade voltar. Tenho a impressão que não será simples assim. Se nos próximos dias o desabastecimento seguir no mesmo ritmo, estaremos diante de uma situação inédita, cuja experiência a população brasileira nunca viveu.
É espantoso, no entanto, perceber que o governo tenta buscar na justiça e não na negociação direta, as soluções para o impasse. Tivesse juízo, fosse menos vacilante, e fizesse valer o poder de presidente, Michel Temer já teria anunciado medidas compensatórias agradando toda a população, e não apenas os que reivindicam pela redução no preço do diesel. Presidente, V.Exa não está negociando com Congresso Nacional, no troca-troca, o buraco agora é mais embaixo.
Reduzir o preço do diesel, garantir combustíveis nas bombas e mercadorias nas prateleiras dos supermercados, não é o suficiente a esta altura do campeonato para barrar a insatisfação popular. O que poderia arrefecer os ânimos é a redução imediata de tributos sobre a gasolina e o álcool. Lembro que a previsão orçamentária proveniente de impostos não tinha como prever a alta do dólar e nem tampouco o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Portanto, os recursos a mais, provenientes de impostos sobre a diferença na elevação projetada no preço do barril não deveriam ser computados, pois não eram previsíveis. E isto revela entre outras coisas, que a Petrobras está usando recursos a mais não previstos para diminuir os prejuízos provocados pelos desvios bilionários descobertos pela Lava-Jato. Com efeito, existem sim, margens para a redução de tributos que hoje é de 48% e faz a gasolina brasileira ser uma das mais caras do mundo.
A população ainda não sentiu de fato os reflexos da paralisação, pois não houve desabastecimento total. Porém quando a gasolina dos tanques dos carros acabar nos próximos dias e o desabastecimento chegar às mesas das famílias, o que era uma simples greve pode virar uma guerra. Diante da gravidade do tema fica evidente, o distanciamento entre o mundo que vive os mandatários que gravitam em torno do poder, e o mundo real que a população conhece.
Ainda que ao invés de R$0,36 a redução fosse de R$1,00 os prejuízos já não podem mais ser quantificados e nem tampouco evitados. A população correu aos postos nos últimos dois dias e está aparentemente “segura”, achando que basta o tanque cheio e a prateleira abastecida por uma semana para a normalidade voltar. Tenho a impressão que não será simples assim. Se nos próximos dias o desabastecimento seguir no mesmo ritmo, estaremos diante de uma situação inédita, cuja experiência a população brasileira nunca viveu.
É espantoso, no entanto, perceber que o governo tenta buscar na justiça e não na negociação direta, as soluções para o impasse. Tivesse juízo, fosse menos vacilante, e fizesse valer o poder de presidente, Michel Temer já teria anunciado medidas compensatórias agradando toda a população, e não apenas os que reivindicam pela redução no preço do diesel. Presidente, V.Exa não está negociando com Congresso Nacional, no troca-troca, o buraco agora é mais embaixo.
*Jornalista e blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas Revistas: Minas em Cena, Mercado Comum e Exclusive
DRT-17.076-MG – jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945
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