Serra da Piedade, onde está o Santuário Nossa Senhora da Piedade
A maior rota de turismo religioso do Brasil foi instalada em Minas Gerais, através da Arquidiocese de Belo Horizonte. Do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte , até o Santuário de Aparecida, em São Paulo. Os fiéis que vão fazer a rota passam por 32 municípios mineiros e seis paulistas, num percurso de mais de mil quilômetros, chamado de Caminho Religioso da Estrada Real - CRER como uma rota oficial de peregrinação.
Para o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, “a singularidade do Caminho Religioso da Estrada Real reside na riqueza e na beleza do seu conjunto paisagístico e arquitetônico, particularmente sacro. Esse é um dos projetos com maior potencial turístico de Minas e, por isso, merece atenção de todos os mineiros. O CRER precisa estar no coração de cada mineiro, nos projetos empresariais e nos investimentos governamentais”.
O CAMINHO
Inspirado no consagrado Caminho de Santiago de Compostela, da França à Espanha, o CRER tem como objetivo desenvolver e estruturar o segmento de turismo religioso em Minas Gerais a partir da formatação de produtos turísticos que associem experiências turísticas à religiosidade, que é marcante no estado. A ideia surgiu em 2001, quando dois caminhantes, com apoio do Instituto Estrada Real (IER) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) percorreram, em 36 dias, toda a Estrada Real, identificando as principais necessidades para sua consolidação. Entre 2002 e 2004, depois de rigoroso levantamento e demarcação foram fixados os marcos sinalizadores. Atualmente, o trajeto pode ser percorrido a pé, de bicicleta, a cavalo ou veículo 4 x 4 Off Road, configurando-se assim como uma opção de turismo e peregrinação, com prestação de serviços qualificados para atender aos visitantes/peregrinos em uma única viagem ou por etapas, conforme a sua disponibilidade. “O turista pode iniciar a rota de qualquer ponto e percorrer os trechos que desejar, não sendo obrigatório realizar todo o caminho de uma só vez”, explica Eberhard Hans Aichinger, representante da Sacrum Brasilidades, empresa gestora do CRER
MAPA DA ROTA
Rota do caminho Minas a São Paulo
A rota perpassa pelos seguintes municípios mineiros: Caeté, Sabará, Raposos, Barão de Cocais, Nova Lima, Santa Bárbara, Rio Acima, Catas Altas, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, São Brás do Suaçuí, Entre Rios de Minas, Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei, Carrancas, Cruzília, Baependi, Caxambu, São Lourenço, Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Itamonte, Itanhandu e Passa Quatro. E pelos municípios paulistas de Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena, Guaratinguetá e Aparecida.
Em Minas Gerais, o trajeto está todo sinalizado para que o peregrino possa se orientar com segurança. Totens instalados em locais estratégicos indicam as direções. Placas indicativas apresentam o mapa geral do caminho, mostrando os municípios do percurso. Nos últimos anos, as estruturas físicas foram implantadas pela Setur, totalizando a instalação de 22 quiosques, 38 paraciclos, uma escada de acesso, três passarelas, 64 placas informativas, 1.771 totens indicativos, 119 placas de advertência para os motoristas, além da reparação de uma cabeceira de ponte e uma pinguela.
Para marcar o caminho percorrido, o turista poderá adquirir um passaporte no qual registrará as cidades onde esteve. Estes carimbos estarão disponíveis nos pontos de apoio CRER, geralmente localizados nas secretarias paroquiais de cada município ou nos pontos de informações turísticas da cidade. Ao final do percurso, seja no Santuário Nossa Senhora Aparecida, seja no Santuário Nossa Senhora da Piedade, o peregrino que apresentar o seu passaporte carimbado em sua totalidade receberá um certificado de conclusão de todo o Caminho Religioso da Estrada Real.
Clara Nunes ganha estátua de bronze
Nascida em Paraopeba, no Distrito do Cedro, que hoje é Caetanópolis no dia 12 de agosto de 1942, se estivesse viva, Clara Nunes teria 75 anos. Para homenagear a artista, foi inaugurada neste fim de semana, no jardim do Memorial Clara Nunes, uma estátua de bronze em tamanho natural (1,64 metro) da cantora. A escultura leva a assinatura da escultora, designer e arquiteta Eliz Machado Dias, sul-mato-grossense que mora em Belo Horizonte há 26 anos. Para recriar Clara Nunes foram utilizados 70kg de bronze reconstituído e resina com pó de bronze. “Precisaria de dois meses, mas fiz em 25 dias”, afirma a escultora. A escultura de Clara Nunes faz parte do projeto Clara Ilumina Minas, que une artes plásticas e música para lembrar os 75 anos da cantora, completados no mês passado.
“O objetivo é manter acesa para sempre a luz de Clara e preservar sua memória. Uma mulher que conquistou o Brasil e vários países com sua energia, voz, canto singular e diversidade musical e cultural”, ressalta Eliz. O curador do Memorial Clara Nunes, pertencente ao Instituto Clara Nunes, Marlon de Souza Silva, acompanhou a instalação do monumento. “Ficou bonito. Ficamos felizes com essa doação”, contou. Ele explicou que, atualmente, moradores e visitantes podem ver a exposição Clara Mestiça, show de 1981 que rodou o Brasil e ganhou aplausos na Alemanha, Japão e outros países. Quem visitar o memorial, inaugurado em 2012, poderá ver os cenários do espetáculo, vestidos e troféus recebidos na época. O acervo tem também peças de outras apresentações, que foram guardadas pela irmã da cantora, Maria Gonçalves da Silva, a Mariquita, falecida em maio. SERVIÇO: Memorial Clara Nunes Rua Fernando Lima, 250, Centro, em Caetanópolis Aberto nos fins de semana e feriados, das 9h às 15h. Durante a semana, é preciso fazer agendamento pelo (31) 98874-3632 Entrada: R$ 5
coluna MINAS TURISMO GERAIS jornalista Sérgio Moreira informações para sergio51moreira@bol.com.br