O presidente Jair Bolsonaro (PSL) inicia o governo com um desafio internacional na economia. Com a equipe econômica egressa da escola liberal norte-americana e a anunciada afinidade com a gestão Donald Trump – inclusive na polêmica eventual mudança da Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém –, terá romaria de empresários à porta. A China, rival direta dos EUA, Rússia e países árabes – estes ficarão insatisfeitos com o caso da Embaixada – são os maiores compradores de produtos brasileiros há anos. Há forte risco de boicote e retração na balança comercial. O desafio está com Marcos Troyjo, novo secretário de Comércio Exterior.

Missão
Um dos maiores especialistas no mundo em BRICS, o economista e diplomata Troyjo deve ser a ponte para acalmar os compradores asiáticos e árabes. E manter a interlocução. O mercado internacional o vê com bons olhos.

Duas frentes
Troyjo também é referência nos EUA. Há anos, como professor convidado, fundou o BRICLab na Columbia University, e circula bem entre investidores americanos.

NY, NY...
O ex-presidente Michel Temer e a esposa, Marcela, acabam de renovar seus vistos para entrada nos Estados Unidos.

O escolhido?
Ex-TV Globo, de onde acaba de se desligar, Alexandre Garcia se movimentou com liberdade no Palácio do Planalto. Há rumores de que será porta-voz do governo.

Então tá
O presidente Bolsonaro fez o discurso mais breve da posse da História do Brasil. Não citou São Paulo, o Estado natal dele, tampouco o Rio de Janeiro, pelo qual foi eleito oito vezes deputado federal. Nem o PSL. E não foi por falta de tempo. Aliados indicam que, assim, preferiu olhar para os outros, e não para si. A conferir.

Inovando
No discurso de posse, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), agradeceu e citou as três empresas que forneceram o café, o suco e o pão de queijo gratuitamente, em prol da economia dos cofres. Olho no pagamento do ICMS dessa turma.

Homem dos R$ 3 bi
Aliás, Zema é o governador bilionário do país. Acaba de vender a rede de postos de gasolina por quase R$ 1 bilhão e negocia com a Magazine Luiza a rede de lojas de eletrodomésticos que leva seu nome. O grupo foi fundado pelo pai, há décadas.

Sombra e água
Com três ministérios garantidos no governo, a bancada do DEM sumiu na negociação na Câmara que tenta reeleger Rodrigo Maia presidente. Até calados, aliados atrapalham.

Maia afogando
Os federais João Campos (PRB-GO) – com a bênção de Bolsonaro – Maia (DEM) e Fabinho Ramalho (MDB-MG) disputam o comando da Câmara. Maia perdeu força.

Varanda & Café
O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi ovacionado ontem por hóspedes quando apareceu na sacada do Hotel Saint Paul; e mais palmas ao entrar, sozinho, no salão do café da manhã. Veja vídeo no Twitter e Facebook da Coluna.

Assim que se faz
O mercado, os bancos e os investidores internacionais notaram e elogiaram o republicano silêncio ensurdecedor do novo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ao evitar holofotes, barrou especulações com o câmbio e alta do dólar etc etc.

Primeiro problema
A executiva do DEM acompanha com atenção o caso do deputado federal eleito Luis Miranda (DF), que responde na Justiça a processo suspeito de abuso de poder na campanha, ao presentear eleitores com eletrônicos. Foi citado pelo senador eleito Rodrigo Pacheco (MG) na última reunião, há dias, como caso preocupante.

Lá e cá
O algoz de Miranda é o suplente Paulo Fernando Melo (Patriota-DF), que já o acionou na Justiça em dois processos referentes à suspeita. Miranda, morador na Flórida, mas eleito por Brasília, corre o risco de ser o primeiro deputado cassado na nova Legislatura.