No último dia 25 de janeiro às 13:37 h, no município de Brumadinho (MG), uma catástrofe provocada pelo rompimento da Barragem de Feijão deixou um rastro de mortes e destruição por onde passou. Mais de uma centena de mortos e outras centenas de desaparecidos e famílias destroçadas. Este é até o momento, o saldo de um crime ambiental que lamentavelmente deixa uma marca indelével em Minas e no Brasil.

Diante de uma tragédia que poderia ter sido evitada, caso houvesse mais respeito e cuidado com as pessoas que trabalhavam na mina, esse crime ambiental poderia ter tido menores consequências em face do número de vítimas fatais e pessoas desaparecidas.

A empresa responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho é aquela mesma que causou mortes e danos em Mariana em 2015. Apesar de ter passado por uma situação trágica há cerca de três anos e dois meses, a Vale que era do Rio Doce passou a ser conhecida agora como a Vale do Mar de Lama.

Nesta primeira semana após o fatídico dia do crime ambiental, o que vimos até agora são cenas chocantes que causam revolta, e um sentimento de impotência diante de tanto desprezo pela vida humana, dos animais e da natureza.

Brumadinho jamais será uma cidade onde suas belezas naturais serão exaltadas pelos visitantes. Para a população local, a cidade será eternamente lembrada pelas imagens de dor, tristeza e revolta que certamente jamais serão apagadas das memórias de seus habitantes.

Muitos irão chorar por um longo tempo pelas perdas de seus entes queridos, outros terão que conviver com uma lembrança trágica e cruel que jamais será esquecida.

Aqueles que perderam suas vidas na lama da irresponsabilidade da Vale, outrora do Rio Doce, agora do mar de lama, também devem estar chorando por não terem tido oportunidade de evitar suas mortes. Eles agora choram e derramam lágrimas de lama. Que todos descansem em paz!