Com o fechamento de várias salas de cinema para evitar o contágio e a necessidade de ter que se reinventar para se adequar à pandemia do novo coronavírus, o maior e mais importante festival de cinema de São Paulo, a Mostra Internacional de Cinema, ocorre este ano de forma virtual ou por drive-in. Para esta 44ª edição do festival serão apresentados 198 filmes de 71 países, entre eles, de Lesoto, país que pela primeira vez aparece na seleção da mostra com o filme Isso Não é Enterro, é uma Ressureição (This Is Not A Burial, It's A Resurrection).

A exibição dos filmes por streaming ocorre por meio de uma plataforma criada especialmente para a Mostra de Cinema. Todos os filmes desta edição do evento poderão ser acessados pelo site da Mostra (https://44.mostra.org/), que vai direcionar para as plataformas. Os títulos disponibilizados na plataforma Mostra Play vão custar R$ 6 por visualização.

As sessões drive-in serão realizadas no Belas Artes Drive-in, localizado no Memorial da América Latina, e no Cinesesc Drive-in, espaço que fica na unidade do Sesc Parque Dom Pedro II, no centro da capital. Haverá exibição gratuita de 30 filmes pelas plataformas SPCinePlay e Sesc Digital .

A Mostra de Cinema tem início no dia 22 de outubro e, para a abertura, a escolha foi por um filme violento e polêmico: o mexicano Nova Ordem, dirigido por Michel Franco, vencedor do Grande Prêmio do júri em Veneza. O filme é ambientado na Cidade do México e mostra protestos e revoltas na cidade.

Segundo a diretora do festival, Renata de Almeida, a escolha de um filme polêmico para a abertura do evento gerou reflexões. “É ano de reflexão. Ano de luto. E vamos abrir [a mostra] com um filme forte. É um filme mexicano que reflete coisas que o Brasil tem também”, disse ela hoje (10), em entrevista coletiva virtual para jornalistas.