array(31) {
["id"]=>
int(170440)
["title"]=>
string(77) "'O Agente Secreto' emociona Cannes com retrato sombrio da ditadura brasileira"
["content"]=>
string(5089) "247 - O Festival de Cannes foi palco neste domingo (18) da estreia de gala de O Agente Secreto, novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, que participa da competição oficial da 78ª edição do evento. A informação é da revista Veja. Ambientado no Recife de 1977, durante a ditadura militar brasileira, o thriller foi aplaudido de pé por oito minutos, em uma sessão que contou com a presença do cineasta, elenco e jurados do festival, que definem o vencedor da prestigiada Palma de Ouro.
Com forte carga atmosférica, o filme evita mencionar diretamente o regime militar, mas mergulha o espectador em um clima sufocante de medo, vigilância e tensão. A narrativa se desenvolve como uma fusão de memória e pesadelo, inspirada nas recordações de infância do próprio diretor, que tinha nove anos na época retratada. O thriller caminha por entre silêncios, olhares e suspeitas, construindo um retrato sombrio de uma sociedade corroída pela desconfiança, onde todos parecem ter algo a esconder.
Wagner Moura retorna em grande estilo - Protagonizado por Wagner Moura, que retoma os sets brasileiros após projetos internacionais, O Agente Secreto apresenta o ator no papel de Marcelo, um especialista em tecnologia que se refugia no Recife na tentativa de reconstruir a relação com o filho, que vive com os avós. Em sua estadia, ele interage com figuras femininas marcantes como Elza (Maria Fernanda Cândido), Claudia (Hermila Guedes) e Tereza Victoria (Isabél Zuaa), moradoras do mesmo edifício, compondo um mosaico da vida cotidiana no Brasil sob a opressão da ditadura. Marcelo é alvo de perseguição, mas logo o público percebe que os segredos não são privilégio de um só — cada personagem carrega suas próprias sombras.
Mais do que um thriller político, o longa é uma meditação sobre o trauma coletivo e a persistência da memória. A repressão retratada, embora situada nos anos 1970, continua a reverberar nas estruturas sociais brasileiras. Nesse sentido, o filme dialoga com obras como Ainda Estou Aqui, reforçando o papel fundamental do cinema na preservação da memória histórica e na denúncia de períodos autoritários.
Momento de ouro do cinema nacional - A seleção de O Agente Secreto para a principal mostra de Cannes reforça o prestígio crescente de Kleber Mendonça Filho no cenário internacional e simboliza o atual vigor do cinema brasileiro. Em 2024, o Brasil já havia sido representado na competição por Motel Destino, de Karim Aïnouz. O longa Ainda Estou Aqui conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, além de troféus internacionais, como um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e um inédito Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres. O país também brilhou com Manas, de Marianna Brennand, vencedor da Giornate degli Autori em Veneza, e O Último Azul, de Gabriel Mascaro, laureado com o Grande Prêmio do Júri em Berlim.
Maria Fernanda Cândido expressou à Veja o sentimento de representar o Brasil com uma obra tão significativa: “eu estou sentindo muito orgulho de poder mostrar esse filme que é tão brasileiro, tão nosso, para esse público aqui do Festival de Cannes”. Ela ainda destacou o momento simbólico vivido pelo cinema nacional: “além de tudo, é o Ano do Brasil na França”.
Já Gabriel Leone, que também integra o elenco, comentou a emoção de participar pela primeira vez do festival com uma produção brasileira: “é muito especial para mim e também por ser um ano de um momento tão bonito depois de Ainda Estou Aqui, um ano em que o Brasil está sendo homenageado também, estar com esse filme incrível me deixa muito feliz".
"
["author"]=>
string(19) " Guilherme Levorato"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(626849)
["filename"]=>
string(28) "wagnermouraagentesecreto.jpg"
["size"]=>
string(6) "112453"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(0) ""
}
["image_caption"]=>
string(57) " Wagner Moura em 'O Agente Secreto' (Foto: Divulgação)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(224) "Filme de Kleber Mendonça Filho com Wagner Moura é ovacionado por 8 minutos e marca presença brasileira na disputa pela Palma de Ouro
"
["author_slug"]=>
string(18) "guilherme-levorato"
["views"]=>
int(48)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(75) "o-agente-secreto-emociona-cannes-com-retrato-sombrio-da-ditadura-brasileira"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(465)
["name"]=>
string(6) "Cinema"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "cinema"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(465)
["name"]=>
string(6) "Cinema"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "cinema"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-05-18 20:47:09.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-05-18 20:47:09.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-05-18T20:30:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(29) "/wagnermouraagentesecreto.jpg"
}
247 - O Festival de Cannes foi palco neste domingo (18) da estreia de gala de O Agente Secreto, novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, que participa da competição oficial da 78ª edição do evento. A informação é da revista Veja. Ambientado no Recife de 1977, durante a ditadura militar brasileira, o thriller foi aplaudido de pé por oito minutos, em uma sessão que contou com a presença do cineasta, elenco e jurados do festival, que definem o vencedor da prestigiada Palma de Ouro.
Com forte carga atmosférica, o filme evita mencionar diretamente o regime militar, mas mergulha o espectador em um clima sufocante de medo, vigilância e tensão. A narrativa se desenvolve como uma fusão de memória e pesadelo, inspirada nas recordações de infância do próprio diretor, que tinha nove anos na época retratada. O thriller caminha por entre silêncios, olhares e suspeitas, construindo um retrato sombrio de uma sociedade corroída pela desconfiança, onde todos parecem ter algo a esconder.
Wagner Moura retorna em grande estilo - Protagonizado por Wagner Moura, que retoma os sets brasileiros após projetos internacionais, O Agente Secreto apresenta o ator no papel de Marcelo, um especialista em tecnologia que se refugia no Recife na tentativa de reconstruir a relação com o filho, que vive com os avós. Em sua estadia, ele interage com figuras femininas marcantes como Elza (Maria Fernanda Cândido), Claudia (Hermila Guedes) e Tereza Victoria (Isabél Zuaa), moradoras do mesmo edifício, compondo um mosaico da vida cotidiana no Brasil sob a opressão da ditadura. Marcelo é alvo de perseguição, mas logo o público percebe que os segredos não são privilégio de um só — cada personagem carrega suas próprias sombras.
Mais do que um thriller político, o longa é uma meditação sobre o trauma coletivo e a persistência da memória. A repressão retratada, embora situada nos anos 1970, continua a reverberar nas estruturas sociais brasileiras. Nesse sentido, o filme dialoga com obras como Ainda Estou Aqui, reforçando o papel fundamental do cinema na preservação da memória histórica e na denúncia de períodos autoritários.
Momento de ouro do cinema nacional - A seleção de O Agente Secreto para a principal mostra de Cannes reforça o prestígio crescente de Kleber Mendonça Filho no cenário internacional e simboliza o atual vigor do cinema brasileiro. Em 2024, o Brasil já havia sido representado na competição por Motel Destino, de Karim Aïnouz. O longa Ainda Estou Aqui conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, além de troféus internacionais, como um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e um inédito Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres. O país também brilhou com Manas, de Marianna Brennand, vencedor da Giornate degli Autori em Veneza, e O Último Azul, de Gabriel Mascaro, laureado com o Grande Prêmio do Júri em Berlim.
Maria Fernanda Cândido expressou à Veja o sentimento de representar o Brasil com uma obra tão significativa: “eu estou sentindo muito orgulho de poder mostrar esse filme que é tão brasileiro, tão nosso, para esse público aqui do Festival de Cannes”. Ela ainda destacou o momento simbólico vivido pelo cinema nacional: “além de tudo, é o Ano do Brasil na França”.
Já Gabriel Leone, que também integra o elenco, comentou a emoção de participar pela primeira vez do festival com uma produção brasileira: “é muito especial para mim e também por ser um ano de um momento tão bonito depois de Ainda Estou Aqui, um ano em que o Brasil está sendo homenageado também, estar com esse filme incrível me deixa muito feliz".