Depois de concorrer ao Oscar de 2018 com Os últimos homens em Aleppo (em cerimônia que não pôde comparecer, pois seu visto foi negado pelo governo Trump), o diretor sírio Feras Fayyad acompanhou, em seu país, um grupo de médicas que tratam sem descanso das feridas de guerra num hospital subterrâneo enquanto batalham contra o sexismo.
Em Ghouta, cidade próxima a Damasco, um hospital conhecido como The Cave foi instalado em uma série de túneis. Sem narração, o documentário concentra-se em algumas pessoas. Entre elas está a jovem médica Amani Ballor, pediatra que trata um fluxo constante de crianças feridas. Há também o médico Salim e a enfermeira Samaher, que luta para demonstrar otimismo.
O centro médico subterrâneo foi criado depois que ataques continuaram danificando os hospitais de Ghouta. A despeito das condições, o hospital subterrâneo está devidamente equipado. Mas como a região foi cercada por forças militares, os medicamentos e suprimentos são escassos. Amani, a certo momento, diz que havia seis anos não saía da cidade.
"Como cineasta sírio, cumpri minha missão jogar luz sobre o povo sírio e as atrocidades que continuam a ser cometidas na minha terra hoje", disse o diretor Feras Fayyad. "Na Dra. Amani eu vi esperança enquanto testemunhei seu desafio de ir contra os estereótipos e preconceitos que governam a nossa sociedade ao mesmo tempo em que atendia pacientes nas circunstâncias mais terríveis.”
A cerimônia do 92º Oscar será em 9 de fevereiro.