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A produção – que já pode ser vista em sessões de pré-estreia (confira roteiro nas páginas 4 e 5) – é memorável por aliar técnica a um enredo que emociona até o espectador mais durão. Aqui, Mendes (de “Beleza Americana” e “Foi Apenas um Sonho”) conta uma história criada a partir dos relatos de seu avô, que foi mensageiro durante a Primeira Guerra Mundial e cuidava da comunicação entre os tenentes e capitães britânicos. Não se trata de um caso real, mas de uma costura de situações presenciadas pelo avô.
No longa, os cabos Schofield (George MacKay, de “Capitão Fantástico) e Blake (Dean-Charles Chapman, de “Game of Thrones”), do exército britânico, são enviados para uma missão arriscada. Eles têm que atravessar o território inimigo em trecho supostamente abandonado, chegar a uma cidade em ruínas também supostamente desocupada e cruzar uma floresta para avisar o capitão de um outro pelotão que suspenda o ataque que vem sendo planejado há dias. Caso a mensagem não seja entregue rapidamente, os soldados cairão numa armadilha – e milhares deles vão morrer.
Hipnose
A partir do momento em que Schofield e Blake deixam as trincheiras britânicas para cumprir a missão pelos territórios inimigos, o espectador não consegue tirar mais os olhos da tela. Sam Mendes hipnotiza o público, com uma direção tão precisa que coloca todo mundo correndo ao lado de Schofield o tempo todo. É incrível como o diretor consegue tirar o espectador da posição de observador para deixá-lo completamente entregue ao desespero do soldado. Por essa razão, “1917” é um filme tenso, daqueles que fazem a gente ficar ofegante.
O longa tem suspense do começo ao fim. Em todos os momentos, quando o espectador pensa em relaxar um pouquinho ou lembrar-se de que está sentado confortavelmente em uma poltrona, Schofield retoma sua maratona contra o relógio e pela sua vida – e é impossível não acompanhá-lo.
Essa direção primorosa de “1917” colocou Sam Mendes na lista dos favoritos ao Oscar de melhor diretor, à frente até mesmo de Quentin Tarantino (“Era uma Vez em... Hollywood”) e Martin Scorsese (“O Irlandês”). Apesar de a câmera estar sempre com os cabos, às vezes os olhares do público captam atores de renome em papéis secundários, como Benedict Cumberbatch (o Sherlock Holmes e o Doutor Estranho), Colin Firth (“O Discurso do Rei” e “O Diário de Bridget Jones”) e Richard Madden (“Game of Thrones” e “Rocketman”).
O filme teve dez indicações ao Oscar – cuja cerimônia de premiação será em 9 de fevereiro. Além de direção, concorre nas categorias melhor filme, roteiro original, fotografia, trilha sonora original, mixagem de som, edição de som, efeitos visuais, direção de arte, maquiagem e penteado.
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A produção – que já pode ser vista em sessões de pré-estreia (confira roteiro nas páginas 4 e 5) – é memorável por aliar técnica a um enredo que emociona até o espectador mais durão. Aqui, Mendes (de “Beleza Americana” e “Foi Apenas um Sonho”) conta uma história criada a partir dos relatos de seu avô, que foi mensageiro durante a Primeira Guerra Mundial e cuidava da comunicação entre os tenentes e capitães britânicos. Não se trata de um caso real, mas de uma costura de situações presenciadas pelo avô.
No longa, os cabos Schofield (George MacKay, de “Capitão Fantástico) e Blake (Dean-Charles Chapman, de “Game of Thrones”), do exército britânico, são enviados para uma missão arriscada. Eles têm que atravessar o território inimigo em trecho supostamente abandonado, chegar a uma cidade em ruínas também supostamente desocupada e cruzar uma floresta para avisar o capitão de um outro pelotão que suspenda o ataque que vem sendo planejado há dias. Caso a mensagem não seja entregue rapidamente, os soldados cairão numa armadilha – e milhares deles vão morrer.
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A partir do momento em que Schofield e Blake deixam as trincheiras britânicas para cumprir a missão pelos territórios inimigos, o espectador não consegue tirar mais os olhos da tela. Sam Mendes hipnotiza o público, com uma direção tão precisa que coloca todo mundo correndo ao lado de Schofield o tempo todo. É incrível como o diretor consegue tirar o espectador da posição de observador para deixá-lo completamente entregue ao desespero do soldado. Por essa razão, “1917” é um filme tenso, daqueles que fazem a gente ficar ofegante.
O longa tem suspense do começo ao fim. Em todos os momentos, quando o espectador pensa em relaxar um pouquinho ou lembrar-se de que está sentado confortavelmente em uma poltrona, Schofield retoma sua maratona contra o relógio e pela sua vida – e é impossível não acompanhá-lo.
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