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Fama da folia de BH atrai turistas que já prometem voltar no ano que vem

05/03/2019 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h43 por Admin


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Por:Raul Mariano
Fonte:hojeemdia.com.br

O Carnaval de Belo Horizonte tem arrastado cada vez mais brasileiros dos quatro cantos do país. Atraídos pela fama que ultrapassa os limites territoriais de Minas, paulistanos, cariocas, brasilienses, paraenses e capixabas, só para ficar em alguns exemplos, aprovam a folia de BH e garantem voltar.

Basta caminhar pela multidão para ouvir sotaques diferentes do “mineirês”, como ontem no mega desfile organizado pelo tradicional Baianas Ozadas, no coração da cidade, que prestou homenagem ao grupo Olodum – mundialmente conhecido por embalar a farra momesca em Salvador, na Bahia.

Estimativas da Belotur apontam que pelo menos 200 mil turistas tenham desembarcado na metrópole dos mineiros para os quatro dias de festa. Um aumento de 15% em relação ao ano passado. Os motivos para a escolha são diversos, mas a pluralidade do evento é sempre um fator crucial na decisão dos visitantes. Para eles, a possibilidade de ir a desfiles com propostas totalmente distintas torna tudo mais atraente.

É o caso da psiquiatra Érica Carneiro, de 31 anos, que veio de São Paulo e aproveitou para celebrar o aniversário em Belo Horizonte. No desfile do Chama o Síndico, na Pampulha, ela comemorou a “escolha acertada” e elogiou as várias facetas da folia. “Estou amando, principalmente os blocos que têm posicionamento político definido. Isso é raro de se ver”.

Já a química Mariane Pereira, de 27 anos, saiu de Campinas (SP). “Recém-solteira”, conta que após o término do namoro precisava de um Carnaval que fosse “acima da média”. “Quem sabe aqui não encontro minha cara-metade?”, brincou.

Quem também veio conferir se a festa era “tudo isso que tem sido falado” foi o estudante de geografia Luiz Mazia, de 22 anos, de Belém, no Pará. “É incrível como esse Carnaval se transformou em tão pouco tempo. Tá aprovado!”, garante.

Sacrifício recompensado

A expectativa de participar da folia “mais comentada do Brasil” foi o que trouxe de Jundiaí, no interior de São Paulo, a auxiliar de produção Sidinéia Sousa, de 29 anos. Aguardando pelo início do desfile das Baianas Ozadas, ela encarou, junto com amigos, uma viagem de ônibus que durou mais de oito horas.

“Vale muito a pena. Todo mundo curte cada segundo, do início ao fim. É tanta opção de bloquinho para visitar que a gente fica até sem saber”, explica. “A única dificuldade é o deslocamento, porque alguns locais ficam intransitáveis”.

Mesmo desafio foi enfrentado pelo estudante de pré-vestibular Igor Lacerda, de 24 anos, que veio de Bom Jesus do Norte, no Sul do Espírito Santo, e decidiu visitar várias agremiações a pé. “Hoje estou bastante cansado porque já pulei demais e andei bastante. De qualquer forma, a experiência não tem preço. Quero voltar ano que vem”, avisa.

Já para o microempreendedor Fábio Medeiros, de 58 anos, e para o assessor parlamentar Antônio Fernandes, de 49, a festa em BH está “perfeita”. Casados há 15 anos, eles vieram de Brasília (DF) e garantem não ter se arrependido. “Nós sempre íamos para o Rio de Janeiro, mas recebemos o convite de um amigo para BH e foi uma grata surpresa”, comemora Fábio.