Caso envolvendo Flávio Bolsonaro (PSL), senador pelo Rio de Janeiro e filho de Jair Bolsonaro (PSL), foi inspiração para fantasias

Na foto, a advogada Thais Vieira, 26, fantasiada de Cade o Queiroz, em alusão a Fabrício Queiroz, laranja da família Bolsonaro. Detalhe para os boletos de deposito bancario, referencia a movimentacao financeira do amigo do Presidente da Republica. (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi um dos principais alvos de crítica no carnaval de Belo Horizonte, São Paulo e Olinda. Fantasias que remetem ao caso Queiroz, adereços ironizando discursos da campanha do presidente e placas com frases satíricas foram as principais formas de protesto do público.
Em Olinda, no Recife, os foliões do bloco Eu Acho é Pouco, a cada meia-hora, gritavam a frase: “Ai, ai, ai, Bolsonaro é o carai”. A mesma frase foi repetida em diversos blocos de Belo Horizonte, como o Ladeira Abaixo e Tchanzinho Zona Norte, que desfilaram nesta sexta-feira (1) e sábado (2). Refrões como “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*” e até “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”, foram gritados.
Em São Paulo, o cenário não foi diferente. Alguns dos foliões do bloco Tarado Ni Você escolheram a laranja como fantasia, em referência à relação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, com o ex-policial militar Fabrício Queiroz.
Outro adereço que ganhou o gosto dos críticos a Bolsonaro foi a mamadeira com pênis de borracha na ponta. O objeto ironizou a notícia falsa que circulou nas redes sociais durante a campanha eleitoral. A fake news dizia que tais mamadeiras seriam distribuídas para crianças em creches brasileiras juntamente com o kit gay caso Fernando Haddad (PT) fosse eleito.
O bloco 77-Os Originais do Punk também foram críticos ao presidente. Durante o desfile deste sábado (2), no bairro Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, os músicos cantaram uma paródia da marchinha Coração Corintiano, na qual dizia “Doutor, eu não me engano. O Bolsonaro é miliciano”. A canção criticou o fato de Flávio Bolsonaro ter empregado a mãe e esposa de um ex-policial militar suspeito de chefiar milícia no Rio de Janeiro.