Este Sábado de Zé Pereira (10) não foi só o dia de desfile do Galo da Madrugada, no Centro do Recife. A festa em Olinda teve como atrações as tradicionais agremiações. No início da tarde, blocos e troças subiram e desceram as ladeiras históricas, arrastando uma multidão.
A troça Ceroula de Olinda completou 56 anos em 2018. Depois da concentração na Praça do Carmo, um dos acessos ao Sítio Histórico, a agremiação seguiu pelas ruas e ladeiras estreitas, ao som de muito frevo.
De acordo com um dos diretores do bloco Mário Roberto Araújo, a Ceroula tem tradição no carnaval e, por isso, sabe que seus foliões não vão se decepcionar. "Esperamos um público de quase seis mil de pessoas até o final do trajeto", afirmou Mário, na concentração, por volta das 16h.
Residentes no bairro de Rio Doce, também em Olinda, Flávio Cordeiro e Ana Paula dos Santos acompanharam pela primeira vez o desfile da Ceroula. "Não tem quem me faça sair de Olinda no carnaval. Sei que o Galo é famoso e muito bom, mas nada é melhor do que estar aqui", afirmou Flávio.
Eu Acho é Pouco
No Alto da Sé, outro bloco tradicional olindense dava sinal de partida no seu cortejo, enquanto a Ceroula deixava a concentração: o Eu Acho é Pouco. Reunindo foliões vestidos de vermelho, o bloco também provou que o carnaval de Olinda ferve tanto quanto o Galo, no sábado de folia.
"Brinco no Eu Acho é Pouco há mais de 20 anos. Nunca deixei de vir. Já é tradição para mim e minha família", disse Roberto Gomes.
Padronizados com a camisa do bloco, os amigos Thiago Souza, Mário Neto, Ana Paula Soares e Fernanda Araújo contaram que sempre acompanham o bloco juntos. "O Eu Acho é Pouco é o resumo do que é o carnaval de Olinda. Sou apaixonada por ele", afirmou Ana Paula.