SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez mais um corte na verba para o programa de câmeras corporais da Polícia Militar. O Diário Oficial da sexta a-feira (18) informou que R$ 11 milhões voltados ao programa foram remanejados para ações de polícia ostensiva e diárias da PM.

Um levantamento da federação PT, PCdoB e PV na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) mostra que dotação já foi reduzida de R$ 152 milhões para R$ 136 milhões.

Até o momento, o governo executou apenas R$ 45 milhões do valor previsto para o ano com este fim.
Na campanha, Tarcísio chegou a prometer acabar com as câmeras. Questionado devido a dados que mostravam a redução da letalidade policial e também da morte de agentes, ele recuou.

Agora, porém, ele voltou a ser pressionado pela base bolsonarista a acabar com as câmeras, após a morte de um agente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), no Guarujá (Baixada Santista).

A oposição, formada por partidos de esquerda como PT e PSOL, resiste ao que vê como sucateamento do programa por Tarcísio.

Após o episódio no litoral, a polícia matou 16 pessoas em supostos confrontos. Porém, a maioria dos casos não foi registrado pelas câmeras e há relatos de execuções.

Imagens enviadas ao Ministério Público de São Paulo mostram registros de confrontos com criminosos em apenas 3 dos 16 casos na Operação Escudo.