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Considerado epicentro da variante delta do novo coronavírus no Brasil, o estado do Rio de Janeiro dá os primeiros sinais de que sofre com as consequências da disseminação de uma variante considerada “preocupante” e “perigosa” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é mais grave na capital, que tem hoje o maior número de pessoas com Covid-19 em todo o ano de 2021. O aumento brusco de casos não se refletiu no número de mortes, mas as autoridades temem que isso ocorra nas próximas semanas.
No sábado, (20), a preocupação foi exposta pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante a divulgação do boletim epidemiológico. “Estamos com o maior número de pessoas com Covid-19 em todo o ano de 2021 e esse dado é muito preocupante. Felizmente, ainda temos uma queda no número de óbitos, mas a gente sabe que essa doença tem um ciclo. A pessoa pega, demora alguns dias para agravar, e se a coisa se complicar, demora mais alguns dias para vir a óbito”, disse.
A estabilidade no número de mortes visto nas últimas semanas epidemiológicas pode ser também reflexo da imunização, que avançou na capital carioca. Ontem, o Rio de Janeiro atingiu 73,1% da população total com ao menos uma dose da vacina. Mesmo assim, a cidade enfrenta problemas na imunização. Sem receber mais doses de imunizante contra a Covid-19, o município suspendeu a repescagem da aplicação para o grupo de 20 a 30 anos que estava programada para acontecer hoje.
O Rio ainda reflete outro desafio na imunização contra a Covid-19: o de encontrar pessoas que não voltaram aos postos de saúde para completar o esquema vacinal com a segunda dose. O estado é o segundo do Brasil com mais pessoas com a aplicação adicional atrasada. São 1,06 milhão de moradores que não completaram o ciclo. O primeiro é São Paulo, com 1,69 milhão de pessoas atrasadas para completar a proteção contra o novo coronavírus.
Revacinação
No Brasil, ao todo, 8,5 milhões de pessoas não voltaram às salas de vacinação. Desde o último anúncio feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 10 de agosto, o número aumentou em 1,5 milhão de pessoas. Na ocasião, ele informou que 7 milhões estavam atrasados para tomar a segunda dose.
O Ministério da Saúde reforça que apenas com as duas aplicações se garante a maior efetividade no combate à Covid-19. E por causa da disseminação da variante Delta, mais transmissível que as outras, a segunda dose torna-se fundamental. “É importante ressaltar que todos os agentes imunizantes disponíveis para aplicação no Brasil são eficazes contra a nova cepa, principalmente nas formas mais graves da doença”, assegurou o ministério.
A situação da capital do Rio reflete o que acontece no estado — único da Federação que teve aumento da incidência e mortalidade da Covid-19 nas últimas duas semanas epidemiológicas concluídas, entre 1º e 14 de agosto, de acordo com o boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta no número de casos veio acompanhada pela subida na ocupação dos leitos hospitalares da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos com Covid-19. “O estado do Rio de Janeiro é uma exceção, apresentando aumento no indicador pela terceira semana consecutiva e voltando a atingir o patamar de 70%, o que não ocorria desde meados de junho”, diz o levantamento da Fiocruz.
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Considerado epicentro da variante delta do novo coronavírus no Brasil, o estado do Rio de Janeiro dá os primeiros sinais de que sofre com as consequências da disseminação de uma variante considerada “preocupante” e “perigosa” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é mais grave na capital, que tem hoje o maior número de pessoas com Covid-19 em todo o ano de 2021. O aumento brusco de casos não se refletiu no número de mortes, mas as autoridades temem que isso ocorra nas próximas semanas.
No sábado, (20), a preocupação foi exposta pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante a divulgação do boletim epidemiológico. “Estamos com o maior número de pessoas com Covid-19 em todo o ano de 2021 e esse dado é muito preocupante. Felizmente, ainda temos uma queda no número de óbitos, mas a gente sabe que essa doença tem um ciclo. A pessoa pega, demora alguns dias para agravar, e se a coisa se complicar, demora mais alguns dias para vir a óbito”, disse.
A estabilidade no número de mortes visto nas últimas semanas epidemiológicas pode ser também reflexo da imunização, que avançou na capital carioca. Ontem, o Rio de Janeiro atingiu 73,1% da população total com ao menos uma dose da vacina. Mesmo assim, a cidade enfrenta problemas na imunização. Sem receber mais doses de imunizante contra a Covid-19, o município suspendeu a repescagem da aplicação para o grupo de 20 a 30 anos que estava programada para acontecer hoje.
O Rio ainda reflete outro desafio na imunização contra a Covid-19: o de encontrar pessoas que não voltaram aos postos de saúde para completar o esquema vacinal com a segunda dose. O estado é o segundo do Brasil com mais pessoas com a aplicação adicional atrasada. São 1,06 milhão de moradores que não completaram o ciclo. O primeiro é São Paulo, com 1,69 milhão de pessoas atrasadas para completar a proteção contra o novo coronavírus.
Revacinação
No Brasil, ao todo, 8,5 milhões de pessoas não voltaram às salas de vacinação. Desde o último anúncio feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 10 de agosto, o número aumentou em 1,5 milhão de pessoas. Na ocasião, ele informou que 7 milhões estavam atrasados para tomar a segunda dose.
O Ministério da Saúde reforça que apenas com as duas aplicações se garante a maior efetividade no combate à Covid-19. E por causa da disseminação da variante Delta, mais transmissível que as outras, a segunda dose torna-se fundamental. “É importante ressaltar que todos os agentes imunizantes disponíveis para aplicação no Brasil são eficazes contra a nova cepa, principalmente nas formas mais graves da doença”, assegurou o ministério.
A situação da capital do Rio reflete o que acontece no estado — único da Federação que teve aumento da incidência e mortalidade da Covid-19 nas últimas duas semanas epidemiológicas concluídas, entre 1º e 14 de agosto, de acordo com o boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta no número de casos veio acompanhada pela subida na ocupação dos leitos hospitalares da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos com Covid-19. “O estado do Rio de Janeiro é uma exceção, apresentando aumento no indicador pela terceira semana consecutiva e voltando a atingir o patamar de 70%, o que não ocorria desde meados de junho”, diz o levantamento da Fiocruz.