Com sua população em declínio, ao celebrar o Dia Nacional da Onça-Pintada, que acontece neste domingo (29), é preciso destacar as medidas fundamentais para o combate à caça ilegal, preservação de seu habitat natural, e sua espécie que já soma 50% de perda ao longo de sua distribuição pelo continente americano – o único onde ela pode ser encontrada.

Pesando entre 60 e 160 quilos, a onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás apenas do tigre e do leão. No entanto, é uma das mais ameaçadas. Não existem números oficiais sobre a quantidade de onças pintadas no Brasil, mas a mesma já está ameaçada na categoria vulnerável, com perspectivas de agravamento da situação.

Segundo o biólogo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Roberto Fusco, “Existe uma extrapolação. Na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, por exemplo, a população provavelmente é menor que 300 indivíduos. Já no Pantanal é inferior a mil, enquanto que na Amazônia é menos do que 10 mil”, explica o pesquisador.

Durante o segundo semestre de 2020, os incêndios que atingiram o Pantanal, destruindo lugares como o Parque Estadual Encontro das Água, que concentra a maior população de onças-pintadas no mundo, colocou mais pressão sobre o status de conservação que esta classifica como criticamente em perigo, ocupando 19% do bioma. No Cerrado, como em perigo, ocupando 32% da savana brasileira. Já no Pantanal e Amazônia, como vulnerável, em grande parte pela perda de indivíduos por retaliação e caça ilegal, além do avanço da agropecuária.

Como ações de preservação, Fusco, junto com outros especialistas, lançou o Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, do qual você pode conferir a matéria por este link. Além dessa iniciativa, muitas outras ações têm ajudado na conservação das onças-pintadas no Brasil, como o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, o Instituto Onça-Pintada, entre outros.

Acesse o Guia de Fontes de Informações em www.fundacaogrupoboticario.org.br