Identificações foram feitas com base em exames de laboratório e DNA, confrontando restos mortais encontrados nos escombros.

Por César Tralli, TV Globo

G1

O Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo identificou mais três vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida. Segundo o órgão, que pertence à Polícia Técnico-Científica, foram confirmados:

  • Selma Almeida da Silva, 40;
  • Walmir Sousa Santos, 47;
  • Alexandre de Menezes, 40.

As identificações foram feitas com base em exames de laboratório e DNA, confrontando restos mortais encontrados nos escombros do prédio com material genético colhido de parentes das vítimas.

Além deles, o IC já identificou Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39, e os filhos de Selma, os irmãos gêmeos Wendel e Werner, de 10 anos.

As buscas por restos mortais no Largo do Paissandu foram encerradas no domingo (13). Ainda não foram identificadas duas vítimas:

  • Eva Barbosa Lima, 42;
  • Gentil de Souza Rocha, 53.

Último a entrar em lista

Alexandre de Menezes, advogado desaparecido após queda de prédio no Centro de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)

Alexandre de Menezes, advogado desaparecido após queda de prédio no Centro de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)

O advogado Alexandre de Menezes foi a última vítima a ter o nome incluído na lista de desaparecidos. A mãe e a irmã do homem, que era formado pela Uninove, procuraram a polícia para registrar o desaparecimento na semana passada.

Segundo a família, ele era solteiro, estava desempregado, e era dependente de drogas e álcool. Saiu havia 3 anos de casa em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da capital paulista, para morar na rua.

Buscava a casa própria

Selma Almeida da Silva e os dois filhos gêmeos (Foto: Arquivo Pessoal/G1)

Selma Almeida da Silva e os dois filhos gêmeos (Foto: Arquivo Pessoal/G1)

Selma vivia no oitavo andar do prédio com os filhos gêmeos, que também foram identificados. “Ela estava em São Paulo há 27 anos. Ela falava que em 2018 estava perto de conseguir a casa própria dela. Minha irmã não queria sair de São Paulo”, disse o irmão da vítima, o lavrador Uilian Almeida da Silva.

Ele disse que o último contato que fez com a irmã foi perto do fim de abril. “Falei com ela, não sei ao certo, mas foi no fim do mês. A última vez que estivemos juntos foi na casa da minha mãe, em 2016.”

Casal morava no 8º andar

Walmir Sousa Santos era casado com Eva Barbosa Lima, que segue desaparecida. Filhas de Eva, as irmãs Edivânia da Silveira e Vaneide buscavam informações sobre a mãe e Walmir desde o dia do desabamento.

Edivânia contou que o casal morava no oitavo andar. “Minha irmã trouxe ela. Trouxe eles dois. Os moradores falam que não teve como ela descer, porque tinha muito fogo”, contou Edivânia.

“Quando eu acordei, já soube da notícia, fiquei desesperada”, afirmou.

Arte mostra o prédio incendiado e as outras construções interditadas por falta de segurança no Centro de SP (Foto: Foto: Alexandre Mauro, Wagner M. Paula, Igor Estrella e Roberta Jaworski/G1)Arte mostra o prédio incendiado e as outras construções interditadas por falta de segurança no Centro de SP (Foto: Foto: Alexandre Mauro, Wagner M. Paula, Igor Estrella e Roberta Jaworski/G1)

Arte mostra o prédio incendiado e as outras construções interditadas por falta de segurança no Centro de SP (Foto: Foto: Alexandre Mauro, Wagner M. Paula, Igor Estrella e Roberta Jaworski/G1)