FALTA DE AÇÃO

A violência na região da Floresta Amazônica foi 38% maior do que em outras áreas do Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso fez aumentar também a percepção de que o poder público tem deixado a população dessa região desprotegida, como mostra a pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade e desenvolvida pelo PoderData entre 28 e 30 de julho, com três mil eleitores brasileiros.


Segundo o levantamento, oito em cada 10 entrevistados dizem que é necessário combater a violência na Amazônia e que esse deve ser um tema trabalhado pelos candidatos na eleição presidencial.

A pesquisa aponta ainda que tráfico de drogas (39%), a grilagem de terras (17%), o garimpo ilegal (13%) e a corrupção (9%) são apontados como temas que mais preocupam quando se fala da Amazônia.

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Para a maioria dis entrevistados (65%), o Governo Federal não está trabalhando adequadamente para combater esses crimes. Questionados sobre o papel do presidente do país, apenas 17% acham que Jair Bolsonaro (PL) trabalha para conter as práticas criminosas.

A pior avaliação do desempenho do candidato à reeleição no combate à violência na Floresta Amazônica foi detectada exatamente nos estados que compõem a região Norte. Para 69% dos entrevistados dessa região, o presidente atual não está trabalhando para combater crimes na floresta – apenas 9% responderam de forma positiva.
 

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Preocupações econômicas


A pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade mostrou que 72% dos entrevistados consideram a Amazônia muito importante para o futuro do país e 62% acreditam que a preservação da floresta é necessária para combater a fome. 


Os participantes também foram questionados sobre a razão pela qual acreditavam ser importante proteger a floresta vinculando a valores como desenvolvimento econômico, obra de Deus ou questões éticas.


A metade dos que respoderam (50%) escolheram a economia como razão principal; 28% justificaram como necessidade de preservar a obra de Deus; e 7% argumentaram que proteger a Amazônia passa por uma questão ética.


Para 64% dos eleitores que participaram da pesquisa, se o país não preservar a floresta amazônica, não conseguirá ter desenvolvimento.