Revista Fórum - Uma menina de 10 anos de idade matou=se em São Caetano do Sul (SP), na manhã deste domingo (17), utilizando a arma do pai. O caso é mais uma tragédia na esteira da pressão de Jair Bolsonaro para que a posse de armas seja praticamente liberada no país e acontece cinco dias depois do massacre de Suzano (SP). 10 pessoas foram mortas na Escola Estadual Professor Raul Brasil, a maioria delas por disparos feitos por Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, com a arma do pai.
Até agora, os bolsonaristas vinham garantindo ao país que a guarda de armas nas casas das famílias não representavam qualquer risco pra as crianças. O custo desta afirmação é de 11 mortes em menos de uma semana.
De acordo com guardas civis municipais que participaram da ocorrência, o pai, um funcionário público que não teve a identidade revelada, contou que estava tomando banho e ouviu um barulho de disparo. Quando se deparou com a filha, ela já estava morta no chão. O homem contou ainda que o revólver estava sem munição e que, portanto, a criança poderia ter carregado a arma sozinha.
Aluna da Escola Municipal Oswaldo Samuel Massei, a menina, que também teve o nome preservado, deixou, segundo informações da apuração preliminar, duas cartas que ainda não tiveram o conteúdo exposto.
De acordo com o site Repórter Diário, a criança falava abertamente sobre suicídio e sua mãe morreu há 8 meses.
A arma do pai, do ano de 1991, tinha registro mas, segundo as investigações, estava em situação irregular. O caso foi registrado na delegacia sede de São Caetano.
Pelo Twitter, o prefeito da cidade, Auricchio Júnior (PSDB), lamentou o ocorrido. “Deixo minha solidariedade à família e aos amigos da menina que deu fim à própria vida hoje pela manhã, no bairro São José. Meus sentimentos a todos. São Caetano do Sul em luto”.