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A Polícia Civil de Goiás prendeu, na última quarta-feira (29/10), os dois filhos do fazendeiro e empresário Jefferson Cury, de 83 anos, sob a suspeita de serem os mandantes do assassinato do pai, ocorrido em novembro de 2023, em Quirinópolis, no sudoeste do estado. O crime, segundo as investigações da Operação Testamento, foi motivado pela herança da vítima, avaliada em cerca de R$ 1 bilhão.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, as prisões ocorreram em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Além dos filhos, identificados como Fernando Alves Cury e Eduardo Alves Cury, também foram detidos um corretor de imóveis e três funcionários que trabalhavam na fazenda — um casal de caseiros e o filho deles. A polícia ainda busca identificar e prender o executor dos disparos.
A principal motivação para o crime seria a decisão de Jefferson Cury de transferir todo o seu vasto patrimônio para uma holding, o que excluiria os filhos da linha sucessória direta. A assinatura do novo testamento que formalizaria essa transferência estava marcada para o dia 29 de novembro de 2023, apenas um dia após o assassinato.
O delegado Adelson Candeo destacou a "ânsia absurda" dos filhos pelo dinheiro. Segundo ele, os herdeiros, que não tinham uma relação afetiva com o pai e o tratavam com hostilidade, chegaram a ajuizar uma ação de interdição 60 dias antes do homicídio, mas não obtiveram a liminar que esperavam.
"Eles sequer foram ao velório do pai. Enquanto a Polícia Militar ainda registrava a ocorrência, um dos filhos já assinava documentos do inventário", pontuou Candeo em coletiva, comparando o caso, pelo planejamento e motivação financeira, a crimes notórios como o de Suzane von Richthofen.
Os filhos já haviam recebido uma herança parcial de R$ 169 milhões cada após a morte da mãe em 2016, mas queriam mais dinheiro.
Rede de cúmplices
De acordo com a investigação, filhos contaram com os seguintes cúmplices, nenhum deles teve a identidade revelada:
Corretor de imóveis: O suspeito preso lucraria ao menos R$ 50 milhões com a venda de fazendas após a morte do fazendeiro. Ele teria recebido R$ 12 milhões em uma única negociação de terras herdadas pelos filhos;
Funcionários da fazenda: O casal de caseiros e o filho deles (afilhado da vítima) teriam participado do crime, auxiliando na logística e repassando informações sobre os horários da vítima. O afilhado, que tinha uma dívida de R$ 1,7 milhão com o fazendeiro, é suspeito de ter participado da abordagem. Um dos executores teria dito, após os disparos: "Agora a dívida está paga”;
Executor: Um pistoleiro contratado, ainda foragido, é apontado como o autor dos disparos.
Como foi o crime
O assassinato ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, por volta das 22h20, em uma propriedade rural às margens da GO-206. Jefferson Cury e seu advogado foram abordados. O fazendeiro foi morto com um tiro no rosto, enquanto o advogado sobreviveu, apesar de ter sido baleado na cabeça e ficar com sequelas graves.
Na casa de Fernando Cury, um dos filhos, a polícia apreendeu três armas de fogo irregulares, todas do mesmo calibre usado no crime, o que levanta a suspeita de seu envolvimento direto ou indireto na execução
A Operação Testamento cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul, apreendendo cinco armas de fogo. O inquérito da Polícia Civil deve ser concluído em até 30 dias.
O Estado de Minas não conseguiu localizar as defesas dos investigados até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
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De acordo com o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, as prisões ocorreram em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Além dos filhos, identificados como Fernando Alves Cury e Eduardo Alves Cury, também foram detidos um corretor de imóveis e três funcionários que trabalhavam na fazenda — um casal de caseiros e o filho deles. A polícia ainda busca identificar e prender o executor dos disparos.
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O delegado Adelson Candeo destacou a "ânsia absurda" dos filhos pelo dinheiro. Segundo ele, os herdeiros, que não tinham uma relação afetiva com o pai e o tratavam com hostilidade, chegaram a ajuizar uma ação de interdição 60 dias antes do homicídio, mas não obtiveram a liminar que esperavam.
"Eles sequer foram ao velório do pai. Enquanto a Polícia Militar ainda registrava a ocorrência, um dos filhos já assinava documentos do inventário", pontuou Candeo em coletiva, comparando o caso, pelo planejamento e motivação financeira, a crimes notórios como o de Suzane von Richthofen.
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De acordo com a investigação, filhos contaram com os seguintes cúmplices, nenhum deles teve a identidade revelada:
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Como foi o crime
O assassinato ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, por volta das 22h20, em uma propriedade rural às margens da GO-206. Jefferson Cury e seu advogado foram abordados. O fazendeiro foi morto com um tiro no rosto, enquanto o advogado sobreviveu, apesar de ter sido baleado na cabeça e ficar com sequelas graves.
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