PANDEMIA


Em nota encaminhada à imprensa nesta quinta-feira (17), o Ministério da Saúde reafirma que “não estabeleceu qualquer data para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil.” A pasta anunciou nessa quarta-feira (16), em solenidade no Planalto, em Brasília, o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a doença que matou mais de 182 mil pessoas no país.

“Não existe sequer pedido de registro realizado por nenhum laboratório junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, as notícias veiculadas que citam o dia 21 de janeiro como uma possível data para o início da campanha de imunização não são verdadeiras. A desinformação não contribui e apenas confunde a população brasileira”, diz o texto divulgado.

Contudo, o Ministério da Saúde ressaltou que “memorandos de intenção de compras já foram devidamente firmados pela pasta com uma série de laboratórios”. “Para que possa ser estabelecido um cronograma, entretanto, é necessário ter uma ou mais vacinas aprovadas e registradas pela Anvisa, o que garantirá segurança aos brasileiros. Atingida essa etapa, as informações relativas aos processos de compra e distribuição serão divulgadas”, conclui.

O esclarecimento ocorre após o governador do Piaúi, Wellington Dias (PT), ter afirmado que o chefe da pasta, general Eduardo Pazuello, disse em reunião com governadores que havia previsão para que o processo começasse naquela data. 

“Acertamos procedimento por parte do ministério que prevê assinatura de contrato e negociações em condições de até 21 de janeiro, via Fiocruz, (Instituto) Butantan, Pfizer, fornecer vacina para se ter início da vacinação no Brasil. Pode ser antes, mas o cronograma é que não seja depois. O Brasil poder começar até 21 de janeiro. (Haverá) Todo esforço para que possa ser até antes”, afirmou o governador ao jornal "O Globo" após o encontro. 

Ainda reportado pelo periódico, o governador do Pará, que também participou da reunião, declarou que o ministro disse que o contrato de aquisição da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac, seria assinado ainda nesta semana. “Pazuello nos garantiu que recebeu o contrato ontem e disse que o governo assina o contrato ainda nesta semana para aquisição de 45 milhões de doses. Elas serão entregues até março pelo Instituto Butantan”, pontuou. Sobre isso, o Ministério da Saúde não se posicionou por ora.