O galo gigante, alegoria que ornamentará a Ponte Duarte Coelho, no Centro do Recife, durante o carnaval, foi idealizado este ano para figurar como um 'grande folião'. Majestoso, ele vai segurar uma sombrinha de frevo e ficará sobre uma estrutura que lembra o casario da capital.
Desta plataforma, sairão balões com trechos dos famosos frevos. São canções cantadas por Nena Queiroga e Jota Michiles, os homenageados da festa de Momo da cidade. O galo gigante, que é uma homenagem da cidade ao Clube de Máscaras Galo da Madrugada, começa a ser montado na quarta-feira (7).
As novidades foram divulgadas nesta quarta-feira (31), durante coletiva em que os artistas contratados para fazer a alegoria apresentaram o modelo em miniatura e parte da escultura em tamanho natural.
“O galo vai homenagear o frevo e ficará pronto quando ritmo completará 111 anos, na sexta-feira (9). Nada mais justo que do ele segurar a sombrinha, o grande símbolo do nosso carnaval”, pontuou a secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Recife, Ana Paula Vilaça.
Com mais de 25 metros de altura e 3,5 toneladas de peso, o galo será revestido por PVC expandido e fibra de vidro. A paleta de cores quentes, como verde e laranja, é a mesma escolhida pelo arquiteto Carlos Augusto Lira para o carnaval do Recife neste ano. O design da alegoria é assinado por Walther Holmes e teve execução do cenógrafo e iluminador Edson Lira.
As culturas que fazem o carnaval de Pernambuco, dos índios, africanos e europeus, serviram como inspiração para os desenhos da ornamentação do galo. "Criamos 20 modelos de penas, que foram moldadas uma a uma. Elas estão sendo impressas em PVC expandido”, explicou Walther Holmes. Ao todo, a estrutura será coberta por 700 penas.
O galo também receberá uma iluminação especial. “Como ele fica exposto durante todo o carnaval, à noite, se torna um ponto de visitação. Então, é importante a gente dar essa relevância com uma boa iluminação. As pessoas poderão tirar boas fotos e mostrar como o galo é bonito”, observou Holmes.
A cabeça e os pés são esculpidos manualmente pelo artesão Mestre Tonho, conhecido por seu trabalho com mamulengos na cidade de Pombos, na Zona da Mata de Pernambuco.
Ao todo, cerca de 50 pessoas integram o projeto, que começou a ser idealizado em novembro de 2017. Essa é a primeira vez que esse grupo se reuniu para trabalhar com a alegoria.