Do UOL, Em São Paulo*

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que não há bloqueios ou concentrações de caminhões nas estradas brasileiras nesta segunda-feira (4). Segundo a PRF, o trânsito flui normalmente nas principais rodovias federais.

Em São Paulo, também não há registro de bloqueios nas rodovias estaduais Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes e Imigrantes, de acordo com o site das concessionárias que administram essas estradas.

Durante o feriado de Corpus Christi e no último fim de semana, mensagens de áudio e texto compartilhadas nas redes sociais e pelo aplicativo WhatsApp diziam que uma nova paralisação de caminhoneiros começaria a partir desta segunda.

Algumas associações de caminhoneiros que estiveram à frente do movimento no final de maio, como a Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e a CNTA (Confederação Nacional dos Transportares Autônomos), disseram não estar envolvidas em uma suposta nova greve.

O governo disse que seguia monitorando a possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros, mas que não havia motivo para preocupação.

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias e gerou uma crise desabastecimento de combustíveis e de alimentos em todo o país. O movimento foi encerrado na quinta-feira (31).

Manifestação com 4 caminhões em Brasília

Cristiane Bonfanti/UOL


As mensagens sobre a greve convocavam caminhoneiros de todo o país para uma grande concentração em volta do estádio Mané Garrincha, em Brasília. Por volta do meio-dia desta segunda-feira, a reportagem do UOL foi até o local e contou apenas quatro caminhões em frente ao estádio.

O líder do protesto, Wallace Landim, conhecido como "Chorão", disse que o objetivo do movimento é conseguir entregar ao Palácio do Planalto a nova pauta de reivindicações. Segundo ele, o governo fechou um acordo com "sindicatos", e não com os caminhoneiros.

Além dos caminhões, havia carros de passeio em frente ao estádio em apoio ao movimento. Os caminhoneiros afirmam que a mobilização foi convocada para o domingo (3) e que o objetivo hoje não é fazer um grande protesto, mas sim organizar a categoria para levar à pauta ao Palácio do Planalto.

Entre os pedidos dos caminhoneiros está a redução no preço de combustíveis como gasolina, álcool e gás, além do subsídio ao diesel já prometido pelo governo, e uma diminuição no valor de pneus e pedágios.

Os caminhoneiros também querem a garantia de mais pontos de apoio aos caminhoneiros nas estradas. Nesses espaços, eles podem estacionar os veículos, tomar banho e se alimentar.

A categoria pede, ainda, o aumento de 21 para 42 pontos no limite de pontuação na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), com base em multas de trânsito, para que os motoristas tenham a habilitação suspensa. De acordo com os caminhoneiros, alterações recentes na legislação aumentaram o número de infrações previstas.

(*Colaborou Cristiane Bonfanti, do UOL, em Brasília)