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As informações constam em relatório do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ao qual o Estadão teve acesso. Segundo o documento, Ismael da Costa dos Santos, apontado como líder do Comando Vermelho no estado, afirmou em depoimento aos próprios alvos que a ação teria sido “encomendada” pelo diretor do presídio, Adalberto Dias de Oliveira, e pelo subdiretor, Antônio Carlos Negreiros dos Santos. A reportagem não conseguiu contato com os diretores da unidade até a noite desta terça-feira.
De acordo com o relato, a ordem era para que Ismael avançasse contra o juiz Marcos Faleiros da Silva, o promotor de Justiça Luiz Gustavo Mendes de Maio e o defensor público Érico Ricardo da Silveira durante a sessão de depoimentos. A motivação estaria ligada a inspeções realizadas no presídio para apurar denúncias de tortura e violência contra presos, atribuídas a policiais penais.
Ismael afirmou que, para executar o plano, recebeu a promessa de regalias dentro da unidade prisional. Entre os benefícios mencionados estão a transferência para o chamado Raio Evangélico, onde os detentos têm maior liberdade de circulação, e a garantia de vaga em trabalho externo. Segundo o relatório, ele teria sido autorizado a entrar na sala de audiência com um estilete artesanal, conhecido como “chucho”. O detento, no entanto, disse que decidiu não levar a arma no dia do depoimento.
Durante a audiência, Ismael demonstrou às autoridades que estava sem algemas nos pés, conhecidas como “marca-passo”. Em seguida, mostrou que as algemas nos pulsos estavam abertas. Ao girar os braços, elas caíram no chão. De acordo com o relatório, o atentado teria como objetivo “descredibilizar” os relatos de tortura.
O documento aponta ainda que não havia policiais penais próximos à sala de audiência, apesar de o juiz ter solicitado a presença de agentes de escolta. A ausência foi classificada como uma quebra evidente do protocolo de segurança. Para o Grupo de Monitoramento e Fiscalização, os indícios sugerem que os policiais penais se ausentaram de forma deliberada.
Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso informou que o promotor Luiz Gustavo Mendes de Maio “está bem e trabalhando” e que há uma investigação em andamento conduzida pela Secretaria de Segurança Pública do estado. A reportagem não conseguiu contato com o juiz Marcos Faleiros da Silva nem com o defensor público Érico Ricardo da Silveira.
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