array(31) {
["id"]=>
int(127549)
["title"]=>
string(77) "COVID: Brasil é tido como 'colônia de leprosos'; vizinhos fecham fronteiras"
["content"]=>
string(5017) "PANDEMIA
Liderando o mundo em mortes diárias e fonte da preocupante variante amazônica do coronavírus, mais contagiosa e possivelmente mais mortal, o Brasil é causa de profunda ansiedade para as autoridades mundiais de saúde. Apontado como uma 'colónia de leprosos' o país vê nações vizinhas bloquearem os portões de entrada para brasileiros.Continua depois da publicidade
Foco de tensão da pandemia, o Brasil é visto como um perigoso "espalhador" do Sars-CoV-2, o que acende um alerta principalmente na América Latina.
País sempre aclamado pela natureza exuberante, a cultura, a hospitalidade de seus habitantes e como grande potência da língua portuguesa, agora a situação é bem diferente - o Brasil no momento é considerado uma ameaça.
O Peru fechou voos de ida e volta para o Brasil, o Uruguai está enviando doses extras de vacinas para as cidades fronteiriças e o Chile agora direciona quem chega do país para hotéis de quarentena especial. A Colômbia não apenas proibiu voos de entrada e saída do Brasil, mas também para a cidade de Letícia, na fronteira, prendendo centenas de turistas desde o final de janeiro.Continua depois da publicidade
Cidade com 50 mil habitantes, Letícia registrou em 2020 índice de mortes quase três vezes maior do que a média nacional. A economia se baseia no turismo e a maior parte de sua comida e suprimentos vêm do Brasil e do Peru.
Em declaração sobre as restrições, o diretor de epidemiologia do Ministério da Saúde da Colômbia, Julian Fernandez, lembrou que, ainda que seja virtualmente impossível impedir a cepa brasileira de se espalhar para o interior mais populoso daquele país, "estamos tentando reduzir o volume e a velocidade com que ela entra, para nos dar tempo de antecipar as vacinações".
O Uruguai, que fechou suas entradas internacionais no início da pandemia, aumentou o patrulhamento ao longo da fronteira de terra seca com o Brasil no ano passado. A ausência de um limite rígido, separando sua maior cidade de divisa, Rivera, da cidade irmã brasileira, Santana do Livramento, levou os novos casos na região para o maior número do país, na semana passada, devido ao fluxo diário de residentes e consumidores.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro disse neste mês que foram detectados 10 casos da cepa brasileira e que "temos que cortar os canais de transmissão", enquanto a Argentina limita voos de vários países, incluindo o Brasil.
O Chile, por sua vez, ainda que não tenha ido tão longe quanto o Peru e a Colômbia, está exigindo que todos os passageiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias se dirijam a uma "residência sanitária", para fazer teste de COVID- se positivo, a pessoa fica e, se negativo, tem que fazer 10 dias de quarentena em casa.
Preocupação mundial
Autoridades globais de saúde também têm expressado alarme sobre o risco representado pelo Brasil. Já são 17 países proibindo entrada de brasileiros. A primeira semana de março marcou os piores dias da pandemia no Brasil - lar de menos de 3% da população mundial, o país já é responsável por cerca de 10% dos casos e mortes de COVID-19.
Enquanto isso, a vacinação por aqui segue em ritmo lento. Governadores e prefeitos têm imposto toques de recolher e, em raras ocasiões, bloqueios rígidos, mas as viagens interestaduais continuam e os aeroportos internacionais abertos. Mesmo em locais com restrições mais rígidas, a fiscalização é insuficiente.
Chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom demonstrou receio sobre o tema. "Estamos muito preocupados com o Brasil. E sobre os vizinhos do Brasil - quase toda a América Latina. Isso significa que, se o Brasil não for sério, continuará afetando toda a vizinhança lá e fora dela. Portanto, não se trata apenas do Brasil", declarou.
"
["author"]=>
string(25) "Joana Gontijo/ UAI.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(577069)
["filename"]=>
string(14) "leprososbr.jpg"
["size"]=>
string(5) "79521"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(19) "politica/internass/"
}
["image_caption"]=>
string(93) " Em Manaus, gravidade da pandemia também provocou crise funerária(foto: Michael Dantas/AFP)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(215) "Com o avanço acelerado de casos de COVID-19, país é motivo de preocupação mundial e considerado uma ameaça principalmente por nações fronteiriças
"
["author_slug"]=>
string(24) "joana-gontijo-uai-com-br"
["views"]=>
int(103)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(1799)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(71) "covid-brasil-e-tido-como-colonia-de-leprosos-vizinhos-fecham-fronteiras"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-14 13:53:45.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-03-14 12:35:47.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-03-14T14:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(33) "politica/internass/leprososbr.jpg"
}
PANDEMIA
Liderando o mundo em mortes diárias e fonte da preocupante variante amazônica do coronavírus, mais contagiosa e possivelmente mais mortal, o Brasil é causa de profunda ansiedade para as autoridades mundiais de saúde. Apontado como uma 'colónia de leprosos' o país vê nações vizinhas bloquearem os portões de entrada para brasileiros.Continua depois da publicidade
Foco de tensão da pandemia, o Brasil é visto como um perigoso "espalhador" do Sars-CoV-2, o que acende um alerta principalmente na América Latina.
País sempre aclamado pela natureza exuberante, a cultura, a hospitalidade de seus habitantes e como grande potência da língua portuguesa, agora a situação é bem diferente - o Brasil no momento é considerado uma ameaça.
O Peru fechou voos de ida e volta para o Brasil, o Uruguai está enviando doses extras de vacinas para as cidades fronteiriças e o Chile agora direciona quem chega do país para hotéis de quarentena especial. A Colômbia não apenas proibiu voos de entrada e saída do Brasil, mas também para a cidade de Letícia, na fronteira, prendendo centenas de turistas desde o final de janeiro.Continua depois da publicidade
Cidade com 50 mil habitantes, Letícia registrou em 2020 índice de mortes quase três vezes maior do que a média nacional. A economia se baseia no turismo e a maior parte de sua comida e suprimentos vêm do Brasil e do Peru.
Em declaração sobre as restrições, o diretor de epidemiologia do Ministério da Saúde da Colômbia, Julian Fernandez, lembrou que, ainda que seja virtualmente impossível impedir a cepa brasileira de se espalhar para o interior mais populoso daquele país, "estamos tentando reduzir o volume e a velocidade com que ela entra, para nos dar tempo de antecipar as vacinações".
O Uruguai, que fechou suas entradas internacionais no início da pandemia, aumentou o patrulhamento ao longo da fronteira de terra seca com o Brasil no ano passado. A ausência de um limite rígido, separando sua maior cidade de divisa, Rivera, da cidade irmã brasileira, Santana do Livramento, levou os novos casos na região para o maior número do país, na semana passada, devido ao fluxo diário de residentes e consumidores.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro disse neste mês que foram detectados 10 casos da cepa brasileira e que "temos que cortar os canais de transmissão", enquanto a Argentina limita voos de vários países, incluindo o Brasil.
O Chile, por sua vez, ainda que não tenha ido tão longe quanto o Peru e a Colômbia, está exigindo que todos os passageiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias se dirijam a uma "residência sanitária", para fazer teste de COVID- se positivo, a pessoa fica e, se negativo, tem que fazer 10 dias de quarentena em casa.
Preocupação mundial
Autoridades globais de saúde também têm expressado alarme sobre o risco representado pelo Brasil. Já são 17 países proibindo entrada de brasileiros. A primeira semana de março marcou os piores dias da pandemia no Brasil - lar de menos de 3% da população mundial, o país já é responsável por cerca de 10% dos casos e mortes de COVID-19.
Enquanto isso, a vacinação por aqui segue em ritmo lento. Governadores e prefeitos têm imposto toques de recolher e, em raras ocasiões, bloqueios rígidos, mas as viagens interestaduais continuam e os aeroportos internacionais abertos. Mesmo em locais com restrições mais rígidas, a fiscalização é insuficiente.
Chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom demonstrou receio sobre o tema. "Estamos muito preocupados com o Brasil. E sobre os vizinhos do Brasil - quase toda a América Latina. Isso significa que, se o Brasil não for sério, continuará afetando toda a vizinhança lá e fora dela. Portanto, não se trata apenas do Brasil", declarou.