PANDEMIA


A taxa de transmissão (Rt) da COVID-19 no Brasil subiu esta semana e voltou aos patamares de descontrole da doença. Na nova avaliação do Imperial College de Londres, o índice é de 1, ou seja, está no limiar dos níveis de descontrole. Isso significa que cada infectado transmite a doença para mais uma pessoa.

Na avaliação anterior, o país registrou a menor marca desde a intensificação da pandemia, com Rt em 0,94, mas não conseguiu manter a queda. Índices de 1 para cima indicam descontrole da transmissão e, com isso, o Brasil volta ao rol de nações com a doença sendo considerada ativa.
 
Até agosto, o Brasil chegou a ficar por 16 semanas consecutivas com Rt acima de 1, sendo o país da América Latina com mais longa permanência nos altos patamar de transmissão. O status do contágio continua sendo considerado lento a estagnado.
 
Este é um dos indicadores que ajuda no controle da epidemia, mas, para se manter baixo, precisa estar alinhado com outros elementos, como números de novos casos e óbitos, taxa de ocupação de leitos, e dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).


No rol dos 72 países avaliados, o Brasil tem a 35ª maior taxa de contágio, uma piora de 12 colocações em relação a semana passada. Não há países da região latino-americana entre as cinco piores marcas de transmissão essa semana.


Mesmo diminuindo a taxa de 1,32 para 1,20, o Paraguai está com a pior marca entre os países da região, seguido pela Argentina, que, esta semana, registrou aumento na Rt de 1,09 para 1,17. Também com a transmissão sendo considerada descontrolada na América Latina estão: República Dominicana (1,13), Bolívia (1,07), Honduras (1,06), Costa Rica (1,04), Chile (1,02), Venezuela (1,02) e Brasil.