A alta média de preços, que já supera os 10% em um ano, faz brasileiros mudarem o churrasco nos finais de semana. A carne é um dos principais vilões da alta de preços e, nos últimos 12 meses, a “inflação do churrasco” subiu  mais de 17%, segundo a Fundação Getulio Vargas. Mais até que a média dos alimentos e bebidas, que está em 13,36%. Picanha, linguiça e alcatra subiram mais de 20%. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo. 

 
Na casa do estudante de Economia João Pereira, de 22 anos, por exemplo, a picanha deu lugar à linguiça. Antes a compra do churrasco era de 2 quilos (kg) de carne para cada 1kg de linguiça, agora é 1,5kg para cada. O quilo da picanha aumentou 28,99% e o da linguiça, 21,38%.

A família gastava uma média de R$ 130 antes de acender a brasa para R$ 200 agora.

O economista Matheus Peçanha, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), destacou que a subida forte do dólar e o aumento da demanda por carnes em geral da China fizeram disparar o preço da proteína aqui no Brasil.

"O resultado é que os produtores preferem vender para o exterior, já que é mais lucrativo e, portanto, sobra menos para o mercado interno. Com esse aumento da concorrência externa, aumenta também o preço", disse.