Jéssica passou pelo menos três dias com seu filho em uma cela separada recebendo água morna para limpar o bebê
A jovem foi presa na última sexta-feira (9/2), junto do marido, Oziel Gomes da Silva, 48. Em trabalho de parto, ela foi levada ao Hospital Municipal Inácio Proença de Gouveia, no domingo, quando deu à luz. Na última terça-feira (13/2), a mulher foi obrigada a voltar para a cela da unidade policial, por decisão do juiz Claudio Salvetti D’angelo, da Justiça paulista, onde ficou até as 18h desta quarta-feira (14/2), quando foi transferida à Penitenciária Feminina de São Paulo. Ela ficará no setor destinado a mães que estão amamentando.
Jéssica passou pelo menos três dias com o filho em uma cela do 8º Distrito. Ela ficou separada dos demais presos, recebendo água morna para limpar o bebê. O delegado responsável pela prisão da jovem, José Willy Giaconi Júnior, fez um pedido à Justiça para levar a mãe e o filho para a penitenciária feminina do estado de São Paulo, onde haveria melhores condições à mãe, que segue em período de resguardo, e para o bebê, que ainda tem a imunidade baixa, devido ao pouco tempo de vida. "Nós conseguimos, junto à secretaria de administração penitenciária, na Justiça, uma vaga em um hospital penitenciário com mais condições de manter uma criança com apenas 2 dias de vida", declarou.
Quando entrou em trabalho de parto, no domingo, dia marcado para a audiência de custódia, Jéssica foi encaminhada para o hospital. Lá, deu à luz ao menino. Na audiência, o advogado dela, Paulo Henrique Guimarães Barbezane, compareceu com o comunicado policial, que afirmava que ela havia dado entrada no hospital. Apesar das circunstâncias, o juiz Claudio Salvetti D’angelo decidiu manter a prisão de Jéssica, que é ré primária, na unidade policial.
Após a decisão, Jéssica foi escoltada de volta à delegacia, onde passou do domingo de carnaval, até a tarde desta quarta. O advogado da jovem também fez pedido de relaxamento da prisão ou prisão domiciliar, o que também foi negado pela Justiça. Quem negou a solicitação da defesa foi a promotora Ana Laura Ribeiro Teixeira Martins, que também está grávida.