SISTEMA ELÉTRICO


Uma perturbação no sistema elétrico brasileiro interrompeu o fornecimento de energia em diversos estados no fim da manhã desta sexta (28). Ainda não há informações sobre as causas nem a extensão do problema.

A Enel Brasil, por exemplo, disse que o corte afetou consumidores de suas distribuidoras em São Paulo, Goiás e no Rio de Janeiro. A EDP disse que 210 mil clientes em São Paulo e cinco indústrias no Espírito Santo foram impactados.


Segundo a Enel, nas áreas afetadas em suas concessões, o fornecimento ficou interrompido entre 11h26 e 11h39 e já está normalizado. A empresa diz que o corte foi provocado pelo acionamento do esquema de alívio de carga, que prevê o desligamento automático de 7% da carga da distribuidora.

Conhecido como Erac, esse procedimento tem o objetivo proteger o sistema elétrico em caso de perturbações, reduzindo a demanda de energia de forma coordenada.

O apagão ocorre um dia depois de o governo decretar emergência hídrica na bacia do rio Paraná, diante das baixas expectativas de chuvas nos próximos meses, e anunciar novas medidas para tentar poupar água nos reservatórios.

Nesta quinta (27), o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) propôs a flexibilização de restrições operacionais em importantes barragens para tentar evitar a perda de água e discutiu a criação de um comitê para acompanhar a crise.

Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o volume de chuva se manteve abaixo do normal em maio, e o país entra no período seco em situação delicada no que se refere a oferta de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas.

A seca projetada para o período de setembro a maio é a pior em 91 anos. Para contornar o problema, o operador do sistema vem acionando o maior volume de energia térmica possível, o que deve manter as tarifas mais caras até o fim do ano, segundo especialistas.

O ONS ainda não se manifestou sobre o apagão desta sexta.