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Quando era estudante, idealizei e ajudei a implantar uma empresa júnior que atendia todos os cursos da Universidade Anhembi Morumbi. Trabalhava de forma transdisciplinar, entendendo que nenhum negócio acontece com uma única habilidade técnica. Nessa época, descobri um conceito bem famoso na Inglaterra que chama WBL (Work Based Learning), em português: Aprendizado Baseado em Trabalho.
Depois, quando fui para a mesma universidade como colaboradora e com foco, na época, de fortalecer a Escola de Saúde, comecei a ouvir sobre Aprendizado Baseado em Evidências/Problemas (PBL - Problem Based Learning), bastante usado nos Estados Unidos.
Mais tarde, participei na Argentina do Seminário do CLAYS, Centro Latinoamericano de Aprendizaje y Servicio, e entendi mais um conceito que lá é muito bem aplicado e aqui foi traduzido pelo grupo do qual eu fazia parte.como “Educação pela Cidadania”,
Por fim, me deparo com um novo conceito que está em plena expansão na Europa, em especial, Portugal: Cidades Educadoras, isso é, cidades tem quem a intenção de educar.
A graça disso tudo é que em nenhum momento nesses vinte anos que tive contato com estes conceitos de educação, eu estava falando diretamente de educação. Na verdade, não dá para não falar de educação quando você pensa em melhorar qualquer atividade que seja, educação permeia tudo.
Só para ilustrar, quando estava secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, acabei fazendo um trabalho de capacitação em elaboração de projetos para as ONGs, que buscavam recursos mas tinham dificuldades técnicas. Depois, quando assumi como Secretária Adjunta de Turismo no Estado de São Paulo, identifiquei a necessidade de capacitar agentes públicos e empreendedores, até mesmo para que se utilizassem das ferramentas já disponibilizadas pelo setor público para desenvolver o turismo no estado de SP. Ai criamos o Integra Turismo, que nada mais era que um aulão prático e intensivo, além de ir visitando cada cidade para levar informação (andei cerca de doze mil quilometros por mês).
Por fim, neste ano, comecei um trabalho para o parque aquático Wet’n Wild. Obviamente, como empresa privada, o objetivo final é vender mais e aumentar os lucros, mas analisando o cenário, enxergamos duas oportunidades: aumentar a relação com o público estudantil e inserir o parque mais fortemente no mercado turístico paulista e brasileiro, que está em plena expansão. E depois de queimar muito fosfato no planejamento estratégico, onde foi que chegamos? Adivinha? Na educação!
Alain Baldacci, presidente do Wet’n Wild, um visionário, que garante que o empreendimento há vinte anos esteja sólido e saudável no mercado, além de ser o parque mais seguro do Brasil, rapidamente absorveu o conceito e, durante o I Seminário Cidades Educadoras do Estado de São Paulo, realizado no dia vinte e nove de março, com dezessete cidades representadas, assumiu o compromisso público de tornar o parque o primeiro Território Educador privado do Brasil, isto é, vamos cuidar para que cada detalhe do atrativo tenha a intenção de educar. O objetivo é que o aprendizado formal seja reforçado (por exemplo, conceitos de biologia, química e educação ambiental pela atração pedagógica “Caminho das Águas” ou física, pelo funcionamento de um tobogã) mas o informal também, do atendimento dos colaboradores aos recursos de acessibilidade.
E no turismo? Ah...essa é a principal razão deste artigo. Para existir atividade turística é preciso que a cadeia toda esteja em harmonia, como uma engrenagem. No estado de São Paulo, temos bons hotéis, as melhores estradas do país, sinalização, atrativos públicos e privados de boa qualidade, diversos aeroportos, que estão sendo privatizados e aumentando fluxo para o interior, temos uma das melhores (senão a melhor) gastronomia do mundo. A pergunta é: por que ainda estamos olhando para o turismo como a atividade do futuro e não do presente? A nossa aposta é que tem um dente desta engrenagem que precisa ser fortalecido: as agências receptivas.
O Wet’n Wild promoveu então, em onze de abril, o Encontro de Turismo Receptivo do Estado de São Paulo. Recebemos oitenta pessoas do trade, de diversas cidades, com apoio da APRECESP, SENAC, ABEOC e BRAZTOA, para participarem de uma série de palestras e oficinas de marketing digital, sistema de gestão, mercado e, principalmente, montagem de pacotes turísticos.
Ali, já dois pacotes foram cadastrados para vendas no sistema EZtravel e a continuidade foi combinada: este projeto de fortalecimento do turismo receptivo, que foi carinhosamente apelidado de #TurismonaPrateleira, ganhou um espaço no próximo Salão São Paulo de Turismo, que acontecerá de 26 a 28 de junho, no Espaço de Eventos São Luis, próximo a avenida paulista. Lá, além de uma programação que inclui oficina de Daniele Tenório (gestora especializada em micro empresas), desenvolvimento de pacotes turísticos e marketing digital, também teremos um stand para apresentar os pacotes formatados. Vamos abrir a loja do turismo de São Paulo e o Wet’n Wild, claro, estará lá!
Aprendizado baseado no trabalho, na evidência, na cidadania. Cidade ou território com a intenção de educar. O que fica claro aqui é que a gente só se desenvolve quando os outros se desenvolvem também e, portanto, educação é uma função de todos nós, não importa em que área mas, no turismo, especialmente não é? Afinal experimentar, explorar e conhecer, que são os principais argumentos do turista para buscar um destino, tem tudo a ver com aprender!
*Mestre em Comunicação, trabalha com inovação e planejamento estratégico.
www.biancacolepicolo.com.br
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Depois, quando fui para a mesma universidade como colaboradora e com foco, na época, de fortalecer a Escola de Saúde, comecei a ouvir sobre Aprendizado Baseado em Evidências/Problemas (PBL - Problem Based Learning), bastante usado nos Estados Unidos.
Mais tarde, participei na Argentina do Seminário do CLAYS, Centro Latinoamericano de Aprendizaje y Servicio, e entendi mais um conceito que lá é muito bem aplicado e aqui foi traduzido pelo grupo do qual eu fazia parte.como “Educação pela Cidadania”,
Por fim, me deparo com um novo conceito que está em plena expansão na Europa, em especial, Portugal: Cidades Educadoras, isso é, cidades tem quem a intenção de educar.
A graça disso tudo é que em nenhum momento nesses vinte anos que tive contato com estes conceitos de educação, eu estava falando diretamente de educação. Na verdade, não dá para não falar de educação quando você pensa em melhorar qualquer atividade que seja, educação permeia tudo.
Só para ilustrar, quando estava secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, acabei fazendo um trabalho de capacitação em elaboração de projetos para as ONGs, que buscavam recursos mas tinham dificuldades técnicas. Depois, quando assumi como Secretária Adjunta de Turismo no Estado de São Paulo, identifiquei a necessidade de capacitar agentes públicos e empreendedores, até mesmo para que se utilizassem das ferramentas já disponibilizadas pelo setor público para desenvolver o turismo no estado de SP. Ai criamos o Integra Turismo, que nada mais era que um aulão prático e intensivo, além de ir visitando cada cidade para levar informação (andei cerca de doze mil quilometros por mês).
Por fim, neste ano, comecei um trabalho para o parque aquático Wet’n Wild. Obviamente, como empresa privada, o objetivo final é vender mais e aumentar os lucros, mas analisando o cenário, enxergamos duas oportunidades: aumentar a relação com o público estudantil e inserir o parque mais fortemente no mercado turístico paulista e brasileiro, que está em plena expansão. E depois de queimar muito fosfato no planejamento estratégico, onde foi que chegamos? Adivinha? Na educação!
Alain Baldacci, presidente do Wet’n Wild, um visionário, que garante que o empreendimento há vinte anos esteja sólido e saudável no mercado, além de ser o parque mais seguro do Brasil, rapidamente absorveu o conceito e, durante o I Seminário Cidades Educadoras do Estado de São Paulo, realizado no dia vinte e nove de março, com dezessete cidades representadas, assumiu o compromisso público de tornar o parque o primeiro Território Educador privado do Brasil, isto é, vamos cuidar para que cada detalhe do atrativo tenha a intenção de educar. O objetivo é que o aprendizado formal seja reforçado (por exemplo, conceitos de biologia, química e educação ambiental pela atração pedagógica “Caminho das Águas” ou física, pelo funcionamento de um tobogã) mas o informal também, do atendimento dos colaboradores aos recursos de acessibilidade.
E no turismo? Ah...essa é a principal razão deste artigo. Para existir atividade turística é preciso que a cadeia toda esteja em harmonia, como uma engrenagem. No estado de São Paulo, temos bons hotéis, as melhores estradas do país, sinalização, atrativos públicos e privados de boa qualidade, diversos aeroportos, que estão sendo privatizados e aumentando fluxo para o interior, temos uma das melhores (senão a melhor) gastronomia do mundo. A pergunta é: por que ainda estamos olhando para o turismo como a atividade do futuro e não do presente? A nossa aposta é que tem um dente desta engrenagem que precisa ser fortalecido: as agências receptivas.
O Wet’n Wild promoveu então, em onze de abril, o Encontro de Turismo Receptivo do Estado de São Paulo. Recebemos oitenta pessoas do trade, de diversas cidades, com apoio da APRECESP, SENAC, ABEOC e BRAZTOA, para participarem de uma série de palestras e oficinas de marketing digital, sistema de gestão, mercado e, principalmente, montagem de pacotes turísticos.
Ali, já dois pacotes foram cadastrados para vendas no sistema EZtravel e a continuidade foi combinada: este projeto de fortalecimento do turismo receptivo, que foi carinhosamente apelidado de #TurismonaPrateleira, ganhou um espaço no próximo Salão São Paulo de Turismo, que acontecerá de 26 a 28 de junho, no Espaço de Eventos São Luis, próximo a avenida paulista. Lá, além de uma programação que inclui oficina de Daniele Tenório (gestora especializada em micro empresas), desenvolvimento de pacotes turísticos e marketing digital, também teremos um stand para apresentar os pacotes formatados. Vamos abrir a loja do turismo de São Paulo e o Wet’n Wild, claro, estará lá!
Aprendizado baseado no trabalho, na evidência, na cidadania. Cidade ou território com a intenção de educar. O que fica claro aqui é que a gente só se desenvolve quando os outros se desenvolvem também e, portanto, educação é uma função de todos nós, não importa em que área mas, no turismo, especialmente não é? Afinal experimentar, explorar e conhecer, que são os principais argumentos do turista para buscar um destino, tem tudo a ver com aprender!
*Mestre em Comunicação, trabalha com inovação e planejamento estratégico.
www.biancacolepicolo.com.br