O Programa Mais Médicos (PMM) foi criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff com o objetivo de atender a demanda por médicos em cidades do interior do Brasil e nas periferias dos grandes centros urbanos. Localidades que não conseguiam atrair médicos por falta de interesse desses profissionais.

O Programa sempre priorizou a contratação de médicos graduados no Brasil.

"Há uma ordem na escolha dos médicos. A prioridade é para aqueles com registro no país. Isso inclui médicos brasileiros formados no Brasil, mas também estrangeiros formados aqui e brasileiros ou estrangeiros formados fora do Brasil que tiveram seus diplomas revalidados pelo governo brasileiro. Se ainda restarem vagas, a oferta é liberada para médicos brasileiros formados no exterior que não tiveram o diploma revalidado. Não sendo preenchidas as vagas, podem ser chamados médicos estrangeiros formados no exterior e sem diploma revalidado no Brasil. Por fim, se todas essas categorias não completarem o número de vagas oferecidas, são chamados os médicos cubanos." (FOLHAPRESS, 2018).

Os médicos cubanos nunca tiraram o emprego de médicos brasileiros, ficavam com o que restasse e onde quer que fosse

"Os cubanos são o último grupo na lista de prioridade para alocação de vagas. Ou seja, ficaram com as vagas que não foram preenchidas por brasileiros e por estrangeiros de outras nacionalidades. Assim, a maioria dos cubanos foi para locais que os outros profissionais não quiseram ir. Isso inclui periferias de cidades grandes, municípios menores e com menos estrutura e distritos indígenas."(FOLHAPRESS, 2018).

Os médicos de Cuba trabalham salvando vidas em diversos países do mundo e são reconhecidos por instituições internacionais como profissionais de excelência.

O então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, o diploma sul-coreano Ban Ki-moon elogiou o trabalho dos médicos cubanos em salvar vidas em áreas remotas de diversos países e afirmou que os profissionais de Cuba "podem ensinar ao mundo como cuidar da saúde".

"Ao visitar a Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), em Havana, (...) o secretário-geral da ONU disse que tem visto com os "próprios olhos" que os médicos cubanos ou formados em Cuba são "operadores de milagres". Segundo Ban, além de recuperar a visão de milhões de pessoas, compartilharam a visão de um mundo de "generosidade, solidariedade e cidadania global.

O secretário-geral acrescentou que os médicos cubanos, por meio de uma longa história de cooperação Sul-Sul, estão presentes em comunidades remotas e difíceis, "nos bons e maus momentos – antes de catástrofes... ao longo das crises... e muito tempo depois de as tempestades passarem". (NAÇÕESUNIDAS, 2014).

A então diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, também elogiou o trabalho dos médicos cubanos e "qualificou o sistema sanitário cubano como exemplo a seguir por sua sustentabilidade, sua capacidade e seu espírito solidário na formação de profissionais em países com menos recursos ou na atuação em situações de emergência (...)." (FUENTE, 2017).

Não são escravos

Do total de R$ 11.865,60 os médicos cubanos ficavam com mais de R$ 3.000 e não arcavam com as despesas de alienação e moradia que eram pagas pelas respectivas prefeituras.

"Os médicos preferem passar em média dois anos nas missões internacionais por razões profissionais, humanas e também econômicas: os salários pagos a quem vai ao exterior são muitíssimo mais altos do que os recebidos em Cuba, ainda que o participante das missões precise entregar ao Estado pelo menos 50% de sua renda, que varia em função das responsabilidades e dos plantões designados." (FUENTE, 2017).

Escravos são 44,5 milhões de brasileiros que receberam menos que um salário mínimo em 2016. De acordo com pesquisa de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 50% dos trabalhadores brasileiros recebem menos que um salário mínimo.

O povo brasileiro é quem perde

A intransigência ideológica de Bolsonaro em demonizar Cuba e em destruir as políticas públicas do PT deixará 28 milhões de brasileiros sem assistência médica. O dado é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

"Atualmente, o programa soma 18.240 vagas distribuídas em cerca de 4.000 municípios. Destas, cerca de 8.500 (aproximadamente 47%) são ocupadas por médicos cubanos. Eles trabalham em 2.885 cidades, sendo que 1.575 municípios só possuem cubanos no programa (80% desses locais têm menos de 20 mil habitantes). São 300 os médicos de Cuba que atuam em aldeias indígenas, o que corresponde a 75% do total que atende essa população. Outras 4.721 (25,8%) vagas são ocupadas por brasileiros formados no Brasil e 3.430 (18,8%) por intercambistas (médicos brasileiros formados no exterior ou de outras nacionalidades). Há ainda outras 1.533 vagas que não foram ocupadas.". (FOLHAPRESS, 2018).

No Brasil, erro médico mata mais que câncer, trânsito e violência

Seis pacientes morrem a cada hora nos hospitais, públicos e particulares, do Brasil. Em 2017 foram 54,76 mil mortes. Os erros médicos já são a segunda maior causa de mortes no país (a primeira são doenças do coração) e custaram, só em 2017, R$ 10,6 bilhões ao sistema privado de saúde.

Os dados são do 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar publicado, em 2017, pelo Instituto de Pesquisa da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FELUMA) e pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

"O Anuário foi calculado com uma amostra de 456.396 pacientes internados em hospitais da rede pública e privada ao longo de 2017. E como os dados foram coletados em municípios de grande porte e com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) acima da média nacional, 'é possível que os números nacionais sejam maiores do que os encontrados', indica o documento.

"'O fato de os hospitais analisados no estudo serem considerados 'de primeira linha' e apresentarem esses números indica que a média nacional projetada a partir da amostra estudada provavelmente está subestimando o problema. É possível que ainda mais brasileiros morram por eventos adversos do que o detectado', comentou Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS." (GALILEU, 2018).

Despesa com erros médicos no SUS pode ser maior que pagamentos à Cuba

A despesa com erros médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) não pôde ser calculada devido a variações de receita nos hospitais públicos. Porém, tendo como base o prejuízo de R$ 10,6 bilhões do sistema privado, podemos presumir que o gasto com erros médicos no SUS, em apenas um ano, tenha ao menos igualado a estimativa dos R$ 7,1 bilhões repassados aos médicos cubanos e à Cuba desde 2013.

O Programa sempre priorizou a contratação de médicos graduados no Brasil.

“Há uma ordem na escolha dos médicos. A prioridade é para aqueles com registro no país. Isso inclui médicos brasileiros formados no Brasil, mas também estrangeiros formados aqui e brasileiros ou estrangeiros formados fora do Brasil que tiveram seus diplomas revalidados pelo governo brasileiro. Se ainda restarem vagas, a oferta é liberada para médicos brasileiros formados no exterior que não tiveram o diploma revalidado. Não sendo preenchidas as vagas, podem ser chamados médicos estrangeiros formados no exterior e sem diploma revalidado no Brasil. Por fim, se todas essas categorias não completarem o número de vagas oferecidas, são chamados os médicos cubanos.” (FOLHAPRESS, 2018)

Os médicos cubanos nunca tiraram o emprego de médicos brasileiros, ficavam com o que restasse e onde quer que fosse

“Os cubanos são o último grupo na lista de prioridade para alocação de vagas. Ou seja, ficaram com as vagas que não foram preenchidas por brasileiros e por estrangeiros de outras nacionalidades. Assim, a maioria dos cubanos foi para locais que os outros profissionais não quiseram ir. Isso inclui periferias de cidades grandes, municípios menores e com menos estrutura e distritos indígenas.” (FOLHAPRESS, 2018).

Os médicos de Cuba trabalham salvando vidas em diversos países do mundo e são reconhecidos por instituições internacionais como profissionais de excelência

O então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, o diploma sul-coreano Ban Ki-moon elogiou o trabalho dos médicos cubanos em salvar vidas em áreas remotas de diversos países e afirmou que os profissionais de Cuba “podem ensinar ao mundo como cuidar da saúde”.

“Ao visitar a Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), em Havana, (...) o secretário-geral da ONU disse que tem visto com os “próprios olhos” que os médicos cubanos ou formados em Cuba são “operadores de milagres”. Segundo Ban, além de recuperar a visão de milhões de pessoas, compartilharam a visão de um mundo de “generosidade, solidariedade e cidadania global.

O secretário-geral acrescentou que os médicos cubanos, por meio de uma longa história de cooperação Sul-Sul, estão presentes em comunidades remotas e difíceis, “nos bons e maus momentos – antes de catástrofes… ao longo das crises… e muito tempo depois de as tempestades passarem”. (NAÇÕESUNIDAS, 2014).

A então diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, também elogiou o trabalho dos médicos cubanos e “qualificou o sistema sanitário cubano como exemplo a seguir por sua sustentabilidade, sua capacidade e seu espírito solidário na formação de profissionais em países com menos recursos ou na atuação em situações de emergência (...).” (FUENTE, 2017).

Não são escravos

Do total de R$ 11.865,60 os médicos cubanos ficavam com mais de R$ 3.000 e não arcavam com as despesas de alienação e moradia que eram pagas pelas respectivas prefeituras.

“Os médicos preferem passar em média dois anos nas missões internacionais por razões profissionais, humanas e também econômicas: os salários pagos a quem vai ao exterior são muitíssimo mais altos do que os recebidos em Cuba, ainda que o participante das missões precise entregar ao Estado pelo menos 50% de sua renda, que varia em função das responsabilidades e dos plantões designados.” (FUENTE, 2017).

Escravos são 44,5 milhões de brasileiros que receberam menos que um salário mínimo em 2016. De acordo com pesquisa de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 50% dos trabalhadores brasileiros recebem menos que um salário mínimo.

O povo brasileiro é quem perde

A intransigência ideológica de Bolsonaro em demonizar Cuba e em destruir as políticas públicas do PT deixará 28 milhões de brasileiros sem assistência médica. O dado é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

“Atualmente, o programa soma 18.240 vagas distribuídas em cerca de 4.000 municípios. Destas, cerca de 8.500 (aproximadamente 47%) são ocupadas por médicos cubanos. Eles trabalham em 2.885 cidades, sendo que 1.575 municípios só possuem cubanos no programa (80% desses locais têm menos de 20 mil habitantes). São 300 os médicos de Cuba que atuam em aldeias indígenas, o que corresponde a 75% do total que atende essa população. Outras 4.721 (25,8%) vagas são ocupadas por brasileiros formados no Brasil e 3.430 (18,8%) por intercambistas (médicos brasileiros formados no exterior ou de outras nacionalidades). Há ainda outras 1.533 vagas que não foram ocupadas.”. (FOLHAPRESS, 2018).

No Brasil, erro médico mata mais que câncer, trânsito e violência

Seis pacientes morrem a cada hora nos hospitais, públicos e particulares, do Brasil. Em 2017 foram 54,76 mil mortes. Os erros médicos já são a segunda maior causa de mortes no país (a primeira são doenças do coração) e custaram, só em 2017, R$ 10,6 bilhões ao sistema privado de saúde.

Os dados são do 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar publicado, em 2017, pelo Instituto de Pesquisa da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FELUMA) e pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

“O Anuário foi calculado com uma amostra de 456.396 pacientes internados em hospitais da rede pública e privada ao longo de 2017. E como os dados foram coletados em municípios de grande porte e com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) acima da média nacional, ‘é possível que os números nacionais sejam maiores do que os encontrados’, indica o documento.

"‘O fato de os hospitais analisados no estudo serem considerados 'de primeira linha' e apresentarem esses números indica que a média nacional projetada a partir da amostra estudada provavelmente está subestimando o problema. É possível que ainda mais brasileiros morram por eventos adversos do que o detectado’, comentou Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS.” (GALILEU, 2018).

Despesa com erros médicos no SUS pode ser maior que pagamentos à Cuba

A despesa com erros médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) não pôde ser calculada devido a variações de receita nos hospitais públicos. Porém, tendo como base o prejuízo de R$ 10,6 bilhões do sistema privado, podemos presumir que o gasto com erros médicos no SUS, em apenas um ano, tenha ao menos igualado a estimativa dos R$ 7,1 bilhões repassados aos médicos cubanos e à Cuba desde 2013.

Referências:

FOLHAPRESS. Entenda como funciona o Mais Médicos e por que Cuba decidiu deixar o programa. Disponível em:. Acesso em: 16 nov. 2017.

FUENTE, Álvaro. Como Cuba consegue índices de países desenvolvidos na saúde? Disponível em:. Acesso em: 16 nov. 2017.

GALILEU. Por hora, 6 pessoas morrem por erros médicos nos hospitais brasileiros. Disponível em:. Acesso em: 16 nov. 2017.

NAÇÕESUNIDAS. Chefe da ONU elogia médicos de Cuba e afirma que país pode ensinar ao mundo como cuidar da saúde. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/chefe-da-onu-elogia-medicos-de-cuba-e-afirma-que-pais-pode-ensinar-ao-mundo-como-cuidar-da-saude/amp/ Acesso em: 16 nov. 2017.