Essa eleição não é uma festa democrática como vinha sendo desde 1989; é uma guerra. É uma luta de vida ou morte entre a democracia e a volta da ditadura. A volta da ditadura é claramente encarnada por Bolsonaro. Sua candidatura não é uma homenagem à democracia, é uma ameaça. Sua campanha dissemina a violência e a intolerância. A ameaça paira sobre todos os brasileiros e sobretudo sobre os políticos. Nessa eleição não será apenas eleito um candidato (a). Vai ser escolhido o futuro do Brasil.
É inconsequente, irresponsável e inútil mirar em inimigos imaginários. E democratas brigarem entre si quando há um inimigo imensamente mais perigoso que usa a democracia para acabar com ela. O único inimigo é Bolsonaro. Ele tem de ser chamado pelo nome. Nazista.
A sua coligação se chama "O Brasil acima de tudo". O lema de Hitler era "Deutshland uber alles". Coincidência ou admiração? Em uma entrevista durante seu mandato de deputado federal ele disse que não se importava em ser associado a Hitler. "Ficaria se me chamassem de gay" afirmou. Está na internet. Em outra entrevista que pode ser vista nas redes sociais ele diz que o Brasil não tem solução através do voto. "Só uma guerra civil resolve" disse ele. Em outro vídeo, também disponível na rede, ele diz, durante essa campanha presidencial que "a maioria tem que ditar as regras e as minorias ou se adequam ou desaparecem".
É preciso dar mais alguma prova da incomensurável desgraça que promete se abater sobre todos nós caso brasileiros que não sabem o que fazem o coloquem no Palácio do Planalto? As imagens da ditadura nazista desapareceram da memória dos brasileiros? Os eleitores ignoram o que ocorreu na Alemanha? De como as promessas de prosperidade e glória viraram sangue, miséria e horror?
Os candidatos que defendem a democracia e o bem estar dos brasileiros não podem se omitir diante do risco de um nazista dirigir um dos maiores países do mundo. "Vote em qualquer um de nós" deveriam dizer, em uníssono "menos no candidato nazista".