Em uma sociedade racional e sob o signo da Justiça, o presidente Bolsonaro e seus auxiliares deveriam ser julgados, condenados e presos por "crime de guerra". O que fizeram, ao romper unilateralmente o contrato do programa Mais Médicos, não tem outro nome, senão um criminoso atentado contra a saúde pública do Brasil. Em surto, e de forma irresponsável, ele voltou a "explodir quartéis" em nome de seus interesses, agora políticos.

O rompimento com a solidária mas também altiva Cuba, motivado por um deformado caráter ideológico, tem a intenção de avançar no servil alinhamento aos EUA. Objetivo reforçado, no mesmo dia, com o anúncio do novo ministro de Relações Exteriores, um "servo" confesso de Trump e suas ideias. Não por acaso, a principal funcionária do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, Kimberly Breier, elogiou a decisão de Bolsonaro.

Hoje, não resta mais dúvida que o Brasil está sob severo bombardeio de uma "guerra híbrida" imperialista desde, pelo menos, 2013. Um ataque motivado por interesses econômicos e geopolíticos dos EUA, ao qual se somaram as agências de fake news e os lacaios internos. As manifestações "coloridas", a operação Lava Jato, o impeachment de Dilma, a prisão de Lula e a última eleição, manipulada desde fora, são provas disso.

Os crimes de guerra acontecem quando ocorrem violações dos direitos humanos em épocas de guerras ou conflitos. Além de contrários ao programa desde seu início, os novos governantes sabem das dificuldades corporativas para deslocar médicos brasileiros ao interior. Assim, não existe razão objetiva, racional, que justifique tal atitude, a não ser a traição à Pátria e o desprezo ao seu povo, inclusive àqueles que o elegeram.