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Bolsonaro troca mais médicos por mais doentes

15/11/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h39 por *Paulo Moreira Leite


*Paulo Moreira Leite é colunista do 247, ocupou postos executivos na VEJA e na Época, foi correspondente na França e nos EUA

Cinco anos depois de terem desembarcado no país, como força principal do programa Mais Médicos, os médicos cubanos iniciam o caminho de volta a seu país. Criando exigências artificiais para sua permanência no país, Jair Bolsonaro criou uma situação insustentável para o governo cubano. Hoje, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou que os médicos do país irão retirar-se do Brasil.

Você pode ter a opinião que quiser sobre o regime cubano e também pode criticar o tratamento que os médicos daquele país recebem quando se deslocam para o estrangeiro. Eles não recebem o salário integral pago pelo governo brasileiro. Também não têm direito a mudar-se para cá com suas famílias.

O ponto fundamental aqui é outro. Trata-se do prejuízo que essa decisão, forçada por Bolsonaro, que sequer tomou posse, irá causar para a maioria da população, em especial das famílias mais pobres, de cidades mais distantes. Nas cidades com menos de 10 000 habitantes, mais pobres, menos equipadas, o Mais Médicos recebiam por 48% do atendimento básico.

Atingindo 63 milhões de brasileiros, o programa conseguia combater doenças na fase inicial, evitando tratamentos caros e desnecessários -- além de poupar vidas.

Em 2014, no último levantamento disponível, dos 14 900 médicos envolvidos no programa, nada menos que 11 400 eram cubanos.

Só para você ter ideia da avaliação desse trabalho, um projeto do governo Dilma, lançado em 2013, ano em que a população dizia que queria uma saúde "padrão FIFA" em imensos protestos realizados no país inteiro. Num levantamento feito em 2017, junto a 14 000 pessoas em 700 municípios, 94% dos entrevistados se disseram muito satisfeitos ou satisfeitos com o atendimento recebido -- de graça, sem tirar um tostão do bolso.

Essa aprovação reflete o saldo positivo de uma transição na saúde pública brasileira. Historicamente destinada a atender as camadas mais endinheiradas da população, o atendimento médico sempre esteve disponível -- para quem podia pagar --, nos grandes centros. Enquanto isso, 15% dos municípios não dispunham de um único médico. Outros 2 000 possuíam 1 para cada 3000 habitantes -- o padrão da Organização Mundial de Saúde é de 1 para cada 2 000. A partir do Mais Médicos, surgiram novas vagas 5 306, em sua maioria nestes locais, em oferecendo residência em especialidades ligadas a saúde pública.

Em seu desembarque, os primeiros médicos cubanos foram recebidos com agressividade e manifestações repulsivas -- inclusive cusparadas em aeroporto -- por lideranças das corporações médicas, mobilizadas na defesa de um modelo privado e excludente de medicina. Cinco anos depois, essa é a plateia que Bolsonaro procura agradar ao fazer exigências consideradas inaceitáveis pelo governo cubano, embaladas por um discurso supostamente humanitário, que teria 0,1% de credibilidade demonstrasse a mesma preocupação com a população que será prejudicada.

Para o novo presidente, o ataque ao principal núcleo profissional do Mais Médicos, com uma experiência elogiada pelos principais organismos internacionais, inclusive a Organização Mundial de Saúde, obedece a um objetivo político óbvio. Eliminar todo vestígio das conquistas e benefícios deixados pelos governos Lula e Dilma.

É bom reconhecer que nem tudo foi nem será perdido. Os novos cursos de medicina prosseguem, novos profissionais seguirão sendo formados.

Para a população atingida, o efeito é uma derrota da cidadania.. Sem os profissionais que até aqui foram a alma do programa, o país vai assistir ao retorno do modelo antigo da medicina como mercadoria e não como direito, no qual o atendimento médico é um favor acessível a poucos, oferecido e barganhado troca num universo de clientelismo e apadrinhamento que marca o pior do sistema político brasileiro.

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