Os tucanos estão desesperados, com seu candidato à presidência da República em bancarrota eleitoral, como demonstram as pesquisas.
Colhem, agora, o que plantaram.
O ex-presidente do PSDB, Tasso Jereissati(CE), poderoso empresário brasileiro, acaba de fazer mea culpa, ao reconhecer que eles cometeram três grandes erros: 1 – renegar a democracia; 2 – embarcar na aventura política suicida de contestar o resultado das eleições de 2014, como fez, irresponsavelmente, o senador Aécio Neves, e 3 – apoiar o governo Temer, com seu programa "Ponte para o futuro", que levou o país ao passado tenebroso do desemprego e da fome.
O PSDB tenta separar-se do irmão xifópago, o MDB, configurando cinismo inacreditável, incapaz de enganar a população.
A contestação do resultado eleitoral que consagrou vitória da presidente Dilma Rousseff, eleita com 54 milhões de votos, em 2014, é crime de lesa pátria.
Aécio Neves, no dia seguinte à derrota, ingressou na justiça contra a presidente democraticamente consagrada, só, como disse ele, "para encher o saco".
Cometeu verdadeiro atentado às instituições, como reconhece, tardiamente, Jereissati.
Resultado desse desatino político partidário suicida: 1 – 13 milhões de desempregados, 2 – 30 milhões de desocupados, 3 – 63 milhões de pessoas inadimplentes e 4 – brutal concentração da renda nacional, expressa na acumulação absurda de lucros por meia dúzia de grandes bancos, na casa de R$ 80 bilhões, no último semestre.
A bancarrota econômica golpista decorreu, principalmente, do congelamento dos gastos públicos sociais, por vinte anos, como fruto de política macroeconômica neoliberal, destinada a transferir recursos do orçamento para pagamento de juros e amortizações aos credores da dívida, como prioridade absoluta.
Bloqueada a renda disponível para o consumo, produção, emprego, renda, arrecadação e investimento, com essa medida inconstitucional, em meio ao golpe institucional tucano-peemedebista, emergiu paralisia dos agentes econômicos em geral, em suas decisões de investimentos.
Comprovou-se, claramente, que desajustes institucionais, decorrentes de golpe na democracia, atuam poderosamente sobre a economia, desorganizando-a, completamente.
Certamente, correções de rumo necessitavam ser feitas pelo governo eleito, nas áreas fiscal, tributária e financeira, em razão de decisões que, embora, tivessem sido tomados de boa fé, colheram resultados insuficientes.
Destaque-se, no entanto, que visaram fortalecer o próprio setor produtivo, como, por exemplo, desonerações de custos de produção para as empresas, redução das tarifas de energia elétrica, preços subsidiados da gasolina e do petróleo, entre outras.
De um lado, os empresários tiveram sua lucratividade elevada; de outro, aumentou-se poder de compra dos trabalhadores, para aquecer a economia.
Representaram decisões conjunturais que, com certeza, seriam ajustadas, no ritmo da própria política econômica.
Erros e acertos são próprios dos governos democráticos, submetidos às pressões decorrentes dos antagonismos de classe sociais.
Porém, tudo ficou mais difícil, talvez, impossível, diante do golpe institucional, capitaneado por Aécio Neves, aliado de Temer, empenhados em destruir direitos e conquistas dos trabalhadores, bem como acelerar desnacionalização da economia.
Some-se à tarefa impatriótica de Aécio a atuação política e economicamente criminosa do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), de apressar, no Legislativo, aprovação das chamadas pautas bombas, que contribuíram para aprofundar o desajuste fiscal, em 2015 e 2016.
O golpe institucional paralisou a economia e produziu a recessão.
Aécio, nessa cruzada antidemocrática, que envergonha o povo brasileiro e mineiro, em particular, teve ajuda decisiva do seu colega senador tucano mineiro Antônio Anastasia, que, no Senado, relatou o processo golpista do impeachment.
Manipulou os fatos, para criminalizar decisão do governo de antecipar verbas orçamentárias para cumprir programas sociais, indispensáveis à sobrevivência dos mais pobres.
Dois anos depois dessa aventura política suicida, os tucanos amargam a descrença da população.
Aécio Neves, desmoralizado, esconde-se do eleitorado, e seu candidato ao Palácio da Liberdade representa, essencialmente, fraude que o povo mineiro derrotará nas urnas.