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Após 41 espetáculos em 47 anos de história, o grupo Corpo vive uma situação inédita: “Gil” marca a primeira vez que a companhia de dança mineira muda completamente uma coreografia. Lançado em 2019, o trabalho com trilha sonora de Gilberto Gil recebe nova encenação e estreia amanhã, no Grande Teatro do Palácio das Artes, com o título “Gil Refazendo”.
Rodrigo Pederneiras, fundador do grupo que assinou 37 das coreografias, não titubeia sobre a razão dessa mudança tão drástica: “Foi a insatisfação. Ninguém ficou feliz com o resultado. Erramos feio. É uma trilha de Gilberto Gil e a gente não deveria descartar a possibilidade de fazer algo à altura. Acho que deu certo. É um trabalho completamente diferente”, registra.
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Ele joga a responsabilidade para os próprios ombros ao dizer que havia feito uma leitura equivocada da música. “Ela é incessante, um rio caudaloso em que pulamos lá dentro e somos levados por ele. A ideia foi também fazer uma coreografia que tivesse um ritmo quase sem parar. Na primeira (encenação), eu parava muito, criando momentos que não cabiam. Agora a leitura é mais completa”, analisa.
A cenografia e os figurinos seguiram a mesma ideia de transformação radical. No primeiro quesito, comandado por Paulo Pederneiras, irmão de Rodrigo, são exibidas imagens em que as situações vão mudando muito lentamente. São flores que saem de um estado de debilidade e ganham vida – fruto de uma inversão de projeção de um ciclo de 15 dias de filmagens de flores num espaço fechado.
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“Refazendo” – uma alusão à música “Refazenda”, do cantor baiano – ganhou outra motivação para voltar aos palcos em nova versão: os 80 anos de Gil. Por sinal, a dobradinha com Onqotô, de 2005, tem um caráter festivo, já que a trilha deste foi composta (juntamente com José Miguel Wisnik) por outro aniversariante, Caetano Veloso, também entrando na casa dos 80.
“Refazer o ‘Gil’ e trazer o ‘Onqotô’, um trabalho que a gente adora, representou a oportunidade de fazer uma homenagem a esses dois monstros, a essas duas figuras fenomenais”, destaca Pederneiras, que já levou para o palco uma constelação de estrelas da MPB, como Tom Zé, João Bosco e Lenine. Um time que, se depender do desejo do coreógrafo, poderá ter um nome internacional futuramente.
“Eu gostaria muito de ter o David Byrne (riador do Talking Heads) como compositor. É um cara que tem muito contato com a música brasileira, mas acho um pouco difícil. É um sonho”, revela.
SERVIÇO
“Gil Refazendo” e “Onqotô” – De terça a sábado, às 20h, e domingo, às 18h. no Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: entre R$ 50 (plateia superior) e R$ 200 (plateia I). Na terça, entrada gratuita; bilhetes devem ser retirados na bilheteria do teatro.
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Rodrigo Pederneiras, fundador do grupo que assinou 37 das coreografias, não titubeia sobre a razão dessa mudança tão drástica: “Foi a insatisfação. Ninguém ficou feliz com o resultado. Erramos feio. É uma trilha de Gilberto Gil e a gente não deveria descartar a possibilidade de fazer algo à altura. Acho que deu certo. É um trabalho completamente diferente”, registra.
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“Refazendo” – uma alusão à música “Refazenda”, do cantor baiano – ganhou outra motivação para voltar aos palcos em nova versão: os 80 anos de Gil. Por sinal, a dobradinha com Onqotô, de 2005, tem um caráter festivo, já que a trilha deste foi composta (juntamente com José Miguel Wisnik) por outro aniversariante, Caetano Veloso, também entrando na casa dos 80.
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“Eu gostaria muito de ter o David Byrne (riador do Talking Heads) como compositor. É um cara que tem muito contato com a música brasileira, mas acho um pouco difícil. É um sonho”, revela.
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“Gil Refazendo” e “Onqotô” – De terça a sábado, às 20h, e domingo, às 18h. no Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: entre R$ 50 (plateia superior) e R$ 200 (plateia I). Na terça, entrada gratuita; bilhetes devem ser retirados na bilheteria do teatro.